O Núcleo para o Ambiente da Escola Industrial e Comercial da Beira (EICB), que envolve estudantes e docentes do referido estabelecimento de ensino técnico- profissional, acaba de trazer para o beneficio da sociedade uma invenção, nomeadamente um fogão que funciona a raios solares.
A iniciativa circunscreve- se no contexto global da preservação do meio ambiente, neste caso através da redução da emissão de gases com efeitos de estufa. O fogão foi há dias apresentado na Cidade da Beira, durante a Feira Ambiental que decorreu de 4 a 6 de Março corrente. Segundo explicações de Viagem Bernardo, docente naquele estabelecimento de ensino técnico-profissional, o fogão além de contribuir para a redução da emissão de gases para a atmosfera, permite também evitar a poluição do meio ambiente com a proliferação de certos resíduos sólidos, que nessa inovação são reutilizados para gerar riqueza.
O mesmo fogão com capacidade de confeccionar e conservar alimentos, tem ainda a vantagem de contribuir para a poupança de recursos, como por exemplo custos com energia eléctrica, gás de cozinha, carvão vegetal e lenha tradicionalmente usados tanto em casa como nas indústrias de restauração, apesar do reconhecido impacto negativo que causam a atmosfera.
Quanto ao carvão vegetal e lenha associa-se o impacto decorrente da devastação da natureza através do abate indiscriminado de espécies florestais, também com implicações graves ao meio ambiente que regista uma das suas piores alterações climáticas, caracterizadas pela problemática do aquecimento global, ocorrência cíclica de seca, ciclones, inundações e abalos sísmicos tanto no continente como no mar. Recentemente, refira-se, representantes de quase todo o mundo reuniram- se em Copenhaga para discutir o cenário das mudanças climáticas influenciadas sobretudo pelos efeitos da emissão de maiores quantidades de gases na atmosfera. A conferência se destinou a encontrar plataformas comuns que permitam reduzir o máximo possível a emissão de gases com efeitos de estufa na atmosfera.
Para o Professor Viagem Bernardo, a invenção e posterior disseminação do uso desse fogão a raios solares representa uma contribuição do Núcleo para o Ambiente da Escola Industrial e Comercial da Beira na perspectiva da preservação do meio ambiente. A fonte indicou que o fogão vai permitir muita gente deixar de usar lenha, carvão vegetal, energia eléctrica e gás de cozinha sobretudo no processo de confecção de alimentos, aquecimento de água e para esquentar a comida. A estrutura do fogão pode ser constituído com recurso a madeira e papel. A sua caixa na parte de cima leva papel branco melhor se for de alumínio, que funciona como placa solar. Por baixo do papel fica um vidro.
Como usar No acto de usar o fogão recomenda- se a sua exposição ao sol por período mínimo de 45 minutos. A exposição ao sol durante esse tempo visa permitir os raios solares se façam ressentir sobre o papel branco ou de alumínio. O aquecimento do papel vai provocar calor sobre o vidro, que funciona espécie de uma tampa que é aberta para colocar o produto a ser confeccionado. O fogão a raio solar normalmente tem capacidade para aquecer e fritar batatas, ovos, peixe e até carnes.
E também pode funcionar como micro-ondas, permitindo conservar a comida quente durante certo período, sem necessidade de gastar energia eléctrica, gás de cozinha, carvão vegetal e ou lenha. O fogão também é adaptável o seu uso por parte de pessoas que praticam o negócio de venda de sandes, batatas fritas, bolinhos, chá, etc., etc.