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Novo sistema de pagamentos interbancários em Moçambique vai ter “interoperabilidade”

Novo sistema de pagamentos interbancários em Moçambique vai ter “interoperabilidade”

O Governador do Banco de Moçambique (BM) anunciou nesta quarta-feira (20) que novo sistema informático para os pagamentos electrónicos interbancários em Moçambique vai entrar em funcionamento em 2020, tal como o @Verdade havia previsto, e permitirá não só transacções de banco para banco mas também “de banco para instituições de moeda electrónica”.

Rogério Zandamela fez o anúncio na Cidade do Xai-xai, onde decorre o Conselho Consultivo do BM. “Queremos chegar a um ponto onde vamos ter interoperabilidade, é um palavrão que esses que trabalham na inclusão financeira gostam”.

“Quer dizer que um cliente pode fazer transacções de banco para banco, de banco para instituições de moeda electrónica, entre todas: mpesa, mkesh, emola. Poder fazer transacções porque tem um sistema com capacidade para fazer, outros países fazem isso então não é milagre, pode ser feito”, acrescentou.

O novo sistema informático foi adquirido pelo banco central em Dezembro de 2018 a empresa norte-americana Euronet depois do provedor do software que ainda esta a ser usado, a empresa portuguesa BizFirst, ter enganado a Sociedade Interbancária de Moçambique (SIMO), em cumplicidade com o Banco Comercial e de Investimentos, exigindo valores monetários para além do que fora contratualmente acordado.

Em Novembro do ano passado os moçambicanos estiveram quase uma semana sem poder usar os seus cartões bancários nas POS (Point of Sale) e ATM (Automatic Teller Machine) num acto de chantagem da empresa portuguesa BizFirst.

Zandamela recordou o drama que viveu e as pressões que sofreu tendo afirmado que “o importante é termos a coragem, termos a paciência, corrigirmos o que está errado. Se está errado temos que ter a humildade de dizer erramos e tentarmos resolver o problema”.

“É uma área delicada, há muitos interesses, daqueles que beneficiavam dos status quo e nós temos de lidar com isso, somos reguladores, temos que nivelar as oportunidades. Não nos podemos dar ao luxo de que uma ou duas instituições podem estar em controlo com a infra-estrutura que é o coração do nosso sistema” deixou claro o Governador do banco central.

Entretanto o Banco de Moçambique não revela quanto custou o novo sistema informático para os pagamentos electrónicos interbancários. O @Verdade revelou que o software da empresa portuguesa BizFirst custou 1,1 bilião de meticais.

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