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Novo sinal electrónico melhora confiança nas buscas por avião da Malásia

As autoridade australianas disseram, esta quarta-feira (9), que dois novos sinais electrónicos foram detectados nas buscas pelo avião da Malaysia Airlines, reavivando as esperanças depois de mais de um mês de buscas infrutíferas.

Agora já são quatro sinais electrónicos recebidos nos últimos dias por um equipamento norte-americano especializado nesse tipo de buscas. Possivelmente os sinais foram emitidos pelas caixas-pretas do Boeing 777 que fazia o voo MH370, de Kuala Lumpur a Pequim.

Angus Houston, director da agência australiana que coordena as buscas, adoptou um tom optimista ao anunciar a informação, mas pediu cautela, uma vez que a tarefa de procurar os destroços numa área gigantesca e remota do oceano Índico continua a ser muito desafiadora.

“Acredito que estejamos a procurar na área correcta, mas precisamos de identificar visualmente os destroços da aeronave antes que possamos confirmar com certeza que este é o local de descanso final do MH370”, afirmou ele na cidade de Perth, no oeste da Austrália, a base da operação.

“Estou agora optimista de que vamos encontrar a aeronave, ou o que resta da aeronave, num futuro não tão distante.” Os investigadores não têm ideia dos motivos que levaram ao desaparecimento do avião.

A 8 de Março, cerca de uma hora depois da decolagem, os instrumentos de localização do Boeing foram desactivados, e os satélites mostram que o avião fez uma curva acentuada e começou a voar noutra direcção.

As autoridades suspeitam que o avião foi deliberadamente desviado da sua rota por alguém que conhecia bem o aparelho, mas também não se descarta um problema mecânico.

As caixas-pretas, com gravações de voz da cabine e dados técnicos do voo, poderiam elucidar o mistério, mas seus sinais de localização são alimentados por uma bateria com vida útil esperada de 30 dias — ou seja, um prazo que já se esgotou.

As buscas, até agora infrutíferas, envolvem até 14 aeronaves e 14 embarcações, de vários países. No fim de semana, o equipamento TPL (“localizador de sinais rebocado”, na sigla em inglês) detectou dois sinais eletrônicos compatíveis com os sinais emitidos pelas caixas-pretas.

Os outros dois sinais foram recebidos na tarde e na noite da terça-feira. Mas dois oficiais da Marinha dos EUA, força responsável pelo equipamento, disseram que, embora os sinais tenham sido todos detectados numa área de 1.300 quilômetros quadrados, não há certeza de que tivessem a mesma origem.

“Eu diria que são eventos acústicos separados”, disse o capitão naval Mark Matthews. “Há variabilidade na localização geográfica, o que me leva a estar menos otimista do que estaria se eu conseguisse consistentemente voltar a obter o sinal de modo a ter uma área geográfica pequena para focar as buscas do submarino autônomo”, disse ele, referindo-se ao equipamento que poderá ser empregado quando houver mais certeza sobre a localização dos destroços no leito oceânico.

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