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Novo ministro das Finanças do Japão deve manter a linha económica

O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, nomeou, esta Segunda-feira (01), como ministro das Finanças um parlamentar veterano que deve seguir a mesma linha do primeiro-ministro sobre reforma orçamental e intervenção cambial, num novo gabinete anunciado antes das eleições programadas para os próximos meses.

Koriki Jojima, de 65 anos, que era chefe de assuntos parlamentares do Partido Democrático do Japão (PDJ), vai assumir o comando da terceira maior economia do mundo, que está à beira da recessão e abalada pela desaceleração global e o iene forte.

Noda, que assumiu o cargo em Setembro de 2011 como terceiro primeiro-ministro dos democratas em três anos, já tinha mudado a formação do gabinete duas vezes antes. A terceira reestruturação é vista como um último esforço para impulsionar a enfraquecida taxa de aprovação do partido da situação.

Os analistas disseram que nem Jojima nem os outros nove novos ministros teriam muito impacto sobre as política do governo, uma vez que a reestruturação foi projectada principalmente para dar cargos mais importantes dentro do partido ou do governo a políticos com maior apelo eleitoral.

Numa entrevista colectiva algumas horas depois da sua nomeação, Jojima avançou pouco sobre as suas políticas económicas, afirmando que a valorização contínua do iene não reflecte a real situação da economia.

“A crise da dívida da Europa e as preocupações com a economia dos Estados Unidos estão por trás dos movimentos actuais”, disse Jojima em entrevista à imprensa quando questionado sobre os mercados cambiais.

“O fortalecimento unilateral do iene continua e não reflecte os fundamentos económicos do Japão.” Ele também afirmou que o primeiro-ministro o instruiu a cooperar de perto com o Banco do Japão, o banco central do país, para superar a deflação.

Jojima substitui Jun Azumi, de 50 anos, um eloquente e experiente activista que já trabalhou como apresentador na emissora pública NHK e que assumiu um posto alto dentro do partido.

“Noda claramente está com os olhos voltados para as eleições ao remanejar as formações do gabinete e do partido neste momento”, disse o analista político Harumi Arima.

Jojima deve provavelmente seguir a linha de Noda sobre a necessidade de reformas fiscais. Ele foi fundamental na obtenção de um acordo político sobre o plano do primeiro-ministro para dobrar o imposto sobre vendas para 10 por cento até Outubro de 2015.

Pouco se sabe sobre as opiniões de Jojima sobre as políticas monetária e cambial, mas ele deve ficar em linha com o governo sobre a necessidade de trabalhar com o banco central para vencer a deflação e de agir com firmeza contra ganhos excessivos do iene.

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