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Novo iPhone da Apple precisa deslumbrar em um mercado já lotado

O novo iPhone 5 precisa ser mais que apenas outro smartphone, considerando que carrega o peso do futuro da Apple sobre sua esguia estrutura. Cinco anos após o primeiro iPhone revolucionar o setor de telefonia móvel, analistas afirmam que a Apple parece estar na defensiva, agora que a Samsung Electronics e outras rivais estão chegando primeiro ao mercado com celulares dotados de telas maiores ou que operam em redes sem fio mais rápidas.

A Apple tentará recuperar o terreno perdido nesta quarta-feira, quando revelará o mais recente iPhone, que deve ser o primeiro modelo da empresa com tecnologia 4G e tela de quatro polegadas, ante as 3,5 polegadas do modelo atual. Mas resta determinar se o presidente-executivo, Tim Cook, tem alguma surpresa guardada na manga e se demonstrará algum novo avanço tecnológico capaz de colocar o iPhone 5 muito acima da concorrência.

“Eles estão na mira de muitas empresas já há muito tempo”, disse Shaw Wu, analista da Stern Agee, sobre a Apple. “Antes, eram eles que estavam a chegar a um novo mercado. Agora, estão na defensiva.”

As ações da Apple, em geral, sobem antes de grandes lançamentos de produtos e caem em seguida. Nas últimas seis semanas, subiram 15 por cento, atingindo recorde na segunda-feira.

A Apple vem enfrentando pressão competitiva desde o primeiro iPhone, em 2007, ainda que as rivais tenham mudado, com antigas líderes como Research In Motion e Nokia em crise. A Samsung tornou-se a principal rival da Apple nos últimos anos. Embora nenhuma empresa tenha conseguido reproduzir até o momento a perfeita integração entre hardware e software oferecida pela Apple, o Google Android tornou-se o sistema operacional para aparelhos móveis mais usado no planeta e a Samsung lidera em termos de unidades vendidas.

O lançamento do iPhone 5, nesta quarta-feira, também virá apenas dias depois que a Nokia mostrou o seu primeiro celular equipado com o novo software Microsoft Windows, o carro-chefe de uma nova família de aparelhos. “Ampliar a participação de mercado está ficando difícil”, disse a analista Carolina Milanesi, da Gartner Research.

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