O novo primeiro-ministro da Romênia, Mihai Razvan Ungureanu, obteve, Quinta-feira, aprovação parlamentar para formar um gabinete que representará pouco em termos de mudanças políticas, mas que poderá atenuar as medidas de austeridade no período pré-eleitoral.
Quatro dias depois da renúncia do primeiro-ministro Emil Boc, abatido por semanas de protestos contra cortes de gastos públicos e aumentos de impostos exigidos pelo FMI, Ungureanu e o presidente Traian Basescu terão nove meses para reverter a impopularidade do governante Partido Democrata Liberal (PDL).
Ungureanu, 43 anos, ex-chefe da inteligência externa, terá a seu favor uma maioria parlamentar apertada, de 237 deputados num total de 463.
A Aliança Social Liberal (esquerda) boicotou a votação, como parte da sua campanha pela antecipação das eleições parlamentares, que devem ocorrer no máximo até Novembro.
Se as eleições fossem hoje, o PDL teria menos de 20 por cento dos votos, segundo as pesquisas.
O novo primeiro-ministro disse, no entanto, que não irá abandonar as medidas de austeridade que tanta irritação causaram nos romenos, mas que foram necessárias para que o país conseguisse ajuda do FMI.
“Não venho, este momento difícil, fazer promessas não reais. Uma era de prosperidade não irá começar amanhã”, disse ele antes da votação parlamentar. “Temos um longo caminho a percorrer.”