Quatro companhias internacionais participam num concurso para o fornecimento de gás doméstico ao mercado moçambicano, cujo vencedor será anunciado dentro dos próximos dias.
Na última sexta-feira, a Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO) abriu as propostas do referido concurso lançado recentemente no país.
Manuel Braga, director-geral da IMOPETRO, citado pelo jornal “Notícias”, disse que após a abertura das propostas segue-se a análise das mesmas, e dentro de 10 dias será anunciado o vencedor do concurso.
Contrariamente aos anos anteriores, o concurso para o fornecimento de gás doméstico regista no presente ano, um maior número de empresas interessadas.
No passado, já houve casos em que apenas uma companhia participou no concurso. No presente ano, sete companhias adquiriram os cadernos de encargos. Deste número quatro apresentaram as propostas que foram abertas na sexta-feira.
“Abrirmos as propostas da Easygas Pty, Lda, da Mocoh, SA, da Reatile Gaz Pty, Ltd e da Wasaa Gases Pty, ltd. Agora vamos analisar as propostas para ver quem, de facto, tem a melhor oferta”, indicou Manuel
Braga, que também garantiu tudo está a ser feito no sentido de conferir ao processo uma maior transparência possível.
De salientar que a Engen, actual fornecedora de gás doméstico a Moçambique não participa do concurso. Manuel Braga frisou que a entrada de mais empresas interessadas permite ao país escolher a companhia que melhor capacidade e confiança transmite no mercado.
Actualmente, o mercado moçambicano de gás é fortemente dependente das importações feitas a partir da África do Sul.
Manuel Braga garante que esta tendência deverá se manter face a proximidade de Moçambique com as refinarias do país do rand.
Entretanto, o interlocutor indicou que neste concurso algumas companhias apresentam alternativas para o transporte marítimo de gás natural, que poderá ser importado de outras partes do mundo em caso de necessidade.
Sobre os preços a praticar, Braga explicou ser ainda prematuro pronunciarse sobre o que poderá acontecer devido a volatilidade do mercado internacional dos combustíveis.
“A contratação do novo fornecedor não implica a alteração imediata dos preços porque tudo depende das condições de abastecimento no mercado internacional”, explicou.
Refira-se que Moçambique é um dos principais produtores de gás na região austral de África, mas devido à falta de uma refinaria interna continua a depender fortemente das importações do Gás de Petróleo Liquefeito (GPL).