O apoio ao Partido Social Democrata alemão (SPD), de oposição, atingiu o maior nível em seis anos, impulsionado pela nomeação do ex-ministro das Finanças Peer Steinbrueck para enfrentar a chanceler Angela Merkel nas eleições do próximo ano, apontou uma pesquisa.
A pesquisa Forsa publicada, esta Quarta-feira (10), a terceira em uma semana a mostrar ganhos para o partido de centro-esquerda, mostrou que o SPD subiu um ponto, para 30 por cento. O partido conservador de Merkel também ganhou um ponto, com 36 por cento.
Os ganhos recentes colocam o SPD, principal partido de oposição, com um nível de apoio que não era visto desde Novembro de 2006, quando compartilhava o poder com Merkel numa “grande coligação” de centro, afirmou a Forsa.
O SPD nomeou Steinbrueck há mais de uma semana como o seu candidato a chanceler (primeiro-ministro), e o seu estilo combativo deve tornar esta campanha animada. “Steinbrueck está a reunir esforços e mobilizar os não eleitores”, disse o chefe do instituto Forsa, Manfred Guellner.
O ex-ministro das Finanças também afastou as críticas sobre os seus lucrativos ganhos com palestras, livros e conselhos empresariais, que dominaram as manchetes por alguns dias, semana passada, após a sua indicação.
Apesar de ainda estar atrás de Merkel na avaliação pessoal, ele diminuiu pela metade a distância em relação à actual chanceler desde a sua nomeação.
Ele ficou com 35 por cento na avaliação de aprovação pessoal, um ponto a mais do que semana passada, mas ainda 11 pontos atrás de Merkel, em que os eleitores confiam mais para lidar com a crise da dívida da zona do euro.
Steinbrueck serviu como ministro das Finanças no governo de Merkel entre 2005 e 2009, mas jurou não compartilhar o poder com ela novamente.
Mesmo assim, muitos analistas dizem que o resultado mais provável das eleições será outra “grande coligação” com os conservadores e o SPD.
