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Nove pessoas acusam clero católico de Filadélfila de abuso sexual

Oito homens e uma mulher acusaram publicamente, Terça-feira (18), os padres católicos e a arquidiocese de Filadélfia de abuso sexual, dizendo que sentiram-se encorajados a fazer a denúncia depois da condenação, em Junho, de uma importante autoridade eclesiástica envolvida num escândalo de pedofilia.

Os nove envolvidos acusam a arquidiocese e alguns clérigos de conspirarem para ocultar incidentes de abuso sexual, disseram os advogados numa entrevista colectiva. As acusações remontam a 1970.

Em 2003, um relatório judicial já havia mostrado que a Igreja Católica de Filadélfia, no leste dos EUA, deixou de denunciar abusos às autoridades civis.

Em Junho, monsenhor William Lynn, importante funcionário da arquidiocese, foi condenado por acobertar abusos, muitas vezes transferindo padres sabidamente pedófilos para outras paróquias.

As supostas vítimas no novo processo frequentaram quando crianças igrejas e catecismos na região de Filadélfia, onde teriam sido molestados e violentados por padres, sem que as suas queixas fossem levadas em conta.

“Você tira proveito de um menino de 9 anos que gostava de cantar e que tinha medo de contar, porque você era um padre, um mensageiro de Deus na Terra, a pessoa mais sagrada na minha vida”, disse Andrew Druding, um dos autores da acção, na entrevista colectiva.

“Essa é a minha oportunidade, até certo ponto, de reagir.” As supostas vítimas pleiteiam uma indemnização de quase 2 milhões de dólares.

Além de Lynn, são citados como réus sete padres e ex-padres, a arquidiocese, o arcebispo Charles Chaput e o cardeal-emérito Justin Rigali.

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