Nove pessoas foram condenadas por traição no termo do julgamento criminal mais longo e mais caro da história sul-africana.
Os nove condenados, todos brancos, foram declarados culpados de traição por terem planificado derrubar o Governo.
Trata-se dos irmãos Mike e Andre de Toit, de Rooikoos de Plessis, Adriaan van Wyk, Dion van den Heever, Magiel Burger, Jacques Olivier, Pieter van Deventer e Fritz Naude.
Estes membros da extrema direita conspiravam para derrubar o Governo do Congresso Nacional Africano (ANC).
O seu plano consistia em expulsar todos os Negros e os Indianos do país depois de criar o caos e substituir o Governo por um regime militar Afrikaner da extrema direita.
O juiz do Alto Tribunal de Gauteng Norte, Eben Jordaan, pronunciou o seu veredito contra Tom Vorster, o comandante militar do misterioso grupo da extrema direita batizada Boermag.
O juiz afirmou que Vorster foi o autor dum manual que os membros do Boermag deviam possuir como fonte inspiração.
Vorster previa fazer explodir o Parlamento na Cidade do Cabo, a sede do banco central sul-africano e a bolsa de Joanesburgo.
A associação «Legal Aid South Africa» pagou mais de 33 milhões de rands (quatro milhões de dólares americanos) a título de custas para os 20 acusados, e o julgamento durou mais de mil e cem dias.