A cidade de Nova York aprovou, esta Quinta-feira (13), a primeira proibição dos Estados Unidos aos refrigerantes de tamanho grande, na mais recente e polémica medida para combater a obesidade e suas complicações letais num país que está mais gordo do que nunca.
Com oito votos a favor e uma abstenção, o conselho de saúde da cidade proibiu as bebidas ricas em açúcar com mais de 16 onças fluídas (aproximadamente 470 ml) praticamente em todos os locais em que são vendidos, com a excepção das lojas de conveniência e mercados.
Quem violar a proibição, que não inclui os refrigerantes diet, poderá ser multado em 200 dólares. Os opositores, que acreditam que a medida fere a liberdade pessoal e chamaram o prefeito Michael Bloomberg de “babá”, prometeram continuar com a oposição, possivelmente entrando na Justiça para barrar ou derrubar a medida antes que ela entre em vigor, em Março de 2013.
“É triste que o conselho queira limitar as nossas escolhas. Somos inteligentes o bastante para tomarmos as nossas decisões sobre o que comer e beber”, disse num comunicado Liz Berman, comerciante e presidente da organização New Yorkers for Beverage Choices.
O secretário de Saúde Thomas Farley comemorou a aprovação da medida como um passo importante para tornar os nova-iorquinos mais saudáveis e disse que é provável que ela seja copiada noutros lugares do país, assim como a proibição ao cigarro e à gordura trans.
“Esse é um passo histórico para tratar de um problema de saúde importante da nossa época”, afirmou Farley na reunião imediatamente depois da votação.
Recentemente Farley disse que, se os resultados da lei “reduzirem apenas um refrigerante por pessoa a cada duas semanas de 20 onças para 16 onças, os nova-iorquinos poderiam evitar o ganho colectivo de 2,3 milhões de libras (cerca de 1 milhão de quilos) por ano. Isso reduziria a epidemia de obesidade e evitaria muitas doenças desnecessárias”.
Cerca de um terço dos norte-americanos são obesos e aproximadamente 10 por cento da conta da saúde do país está ligada a doenças relacionadas à obesidade, como o diabete tipo 2, doenças do coração e hipertensão, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).