As moedas e notas da terceira família do Metical em circulação no país reduziram, em Outubro de 2011, em cerca de 3,14%, contra 1,93% da queda das Reservas Bancárias, resultando num saldo da Base Monetária, variável operacional de política monetária, de 30.906 milhões de meticais.
O valor está “muito abaixo das previsões feitas para o período”, segundo o Banco de Moçambique (BM), realçando que a previsão era para o saldo passar a ser de 33 mil milhões de meticais.Para o banco central moçambicano, o saldo indica que houve uma redução mensal de 855,6 milhões de meticais explicada pela redução simultânea das notas e moedas em circulação em 629,32 milhões de meticais e das Reservas Bancárias em 226,3 milhões de meticais.
A recessão das Reservas Bancárias, em Outubro último, foi determinada pela queda das reservas em moeda estrangeira, no valor de 155,62 milhões de meticais e da parte denominada em moeda nacional em 70,68 milhões de meticais.
O saldo médio mensal da Base Monetária foi de 31.205 milhões de meticais, menos 230,85 milhões de meticais em relação à média verificada no mês anterior de Setembro de 2011, segundo ainda as contas do BM.
Abrandamento
Por outro lado, a crescente apreciação do Metical face ao Dólar dos Estados Unidos da América abrandou no Mercado Cambial Interbancário no mês de Outubro, tendo a taxa de câmbio se fixado em 27,03 meticais, após 27,11 meticais no mês anterior, o que corresponde a uma variação anual de 24,62%.
A taxa de câmbio média praticada pelos bancos comerciais activos em Moçambique nas suas operações com o público fixou-se em 27,14 meticais no fecho do mês de Outubro de 2011, o que representa uma apreciação nominal anual de 24,11%.
Refira-se, entretanto, que o BM lançou a 1 de Outubro de 2011 a série de 2011 das notas da 3ª família do Metical, que têm como característica principal a alteração do material em que são impressas as notas de 20 meticais, 50 e 100 meticais e o reforço dos dispositivos de segurança em todas as notas.
A medida foi tomada após um estudo especializado que concluiu que as notas de menor valor facial, por serem as mais utilizadas, degradam-se mais rapidamente, daí terem passado a ser impressas em polímetro, que é um material sintético ajustado a climas quentes e húmidos, o que reforça a sua durabilidade.