A África do Sul foi autorizada a repatriar os restos mortais de 54 cidadãos sul-africanos mortos a 12 de Setembro último no desabamento duma igreja em Lagos, na Nigéria, noticiou a imprensa local. O governador Babatun Fashola, do Estado de Lagos (sudoeste), deu a sua autorização durante uma reunião quarta-feira em Lagos com o emissário especial sul-africano, Jeff Radebe.
« Eu compreendo o pedido dos Sul-africanos para recuperar os corpos dos seus parentes, mas não podemos neste estádio manchar o processo de identificação pois quando nós entregamos um corpo queremos garantir de que cada família fique em posse do corpo do seu próximo. Um erro será imperdoável », disse Fashola. « Não temos nenhuma razão de lhes privar do direito de recuperar estes corpos, vocês podem levá-los logo que estiverem prontos. Cabe a vós decidir se os levam em grupos ou esperam até que o fim do processo. Mas, se estiverem prontos, a minha equipa velará por que os levem sem atraso », afirmou.
Por seu lado, Radebe disse que a sua equipa veio a Lagos para acelerar o processo de repatriamento dos corpos pois na cultura sul-africana o morto deve ser sepultado num prazo de algumas semanas. « Mas hoje faz dois meses desde que o incidente ocorreu. Fui apresentar as minhas condolências ao Presidente Goodluck Jonathan há dois dias para lhe transmitir a mensagem do nosso Presidente e encontrar os meios de acelerar o processo e o repatriamento dos corpos das 85 pessoas (dos quais 81 Sul-africanos), incluindo quatro pessoas titulares de passaportes sul-africanos apesar de eles não serem cidadãos do nosso país”, respondeu.
Um total de 116 pessoas, das quais 81 Sul-africanos, morreram no desabamento dum edifício de dois andares em obras. O Governo estadual de Lagos garante que as obras de construção no edifício situado no complexo da Igreja da Sinagoga, nos arredores de Lagos, foram realizadas sem autorização e ordenou a abertura de um inquérito sobre esta tragédia.