O governo sudanês e os rebeldes disseram que não chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo depois de três semanas de negociações para pôr fim a três anos de conflito terem acabado, esta terça-feira (9), no meio de um aumento na violência.
Cartum tem lutado contra uma insurgência nas províncias sulistas Nilo Azul e Kordofan do Sul desde 2011 organizada principalmente por ex-combatentes da guerra civil que ficaram no Sudão depois de o Sudão do Sul ter se separado naquele ano.
As negociações fracassaram em grande parte porque os rebeldes insistem que um cessar-fogo nas duas regiões seja negociado em conjunto no vizinho Darfur, onde um conflito em que o governo foi acusado de genocídio uma década atrás intensificou-se.
“Nós vemos estas questões como temas separados, e cada região tem as suas necessidades específicas”, disse Hussein Karshoum, um membro da delegação do governo.
Ele disse que as negociações, que ocorreram na capital da Etiópia com apoio de um painel da União Africana liderado pelo ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki, devem ser retomadas em Janeiro. Na segunda-feira, os dois lados relataram confrontos em Kordofan do Sul.