Foi inaugurada, este Sábado, na Zambézia, a embarcação Lualua, com uma capacidade para 80 passageiros, sendo 20 na classe executiva, a dita VIP e os restantes 60 passageiros na económica. Pode também este “Lualua” levar três viaturas ligeiras.
A embarcação a ser gerida pelo consórcio LBH e Transmarítima, foi inaugurada perante munícipes de Quelimane, altas figuras a destacar o governador da província, Francisco Itai Meque, o Presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, o vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Eusébio Saide, administrador de Chinde, José Saize, entre outras figuras.Governantes enaltecem, mas não falam dos gastos de combustível
Os governantes que subiram ao pódio, aquele Sábado, diante da população presente, foram todos unânimes em afirmar que a embarcação é uma mais-valia e vai pôr o fim do sofrimento que havia, da falta de transporte para o distrito de Chinde.
Com cada um à sua maneira em termos do discurso, a população teve que engolir tudo, mas até à saída, ninguém sabia quanto iria custar do bilhete. Não só, ninguém falou dos gastos de combustível que o “Lualua” requer.
Fontes próximas à gestão da embarcação afiançaram que, por viagem, Lualua gasta aproximadamente 1000 litros de combustível.
Aqui basta contabilizar que, de Quelimane a Chinde são necessárias 8 horas de tempo, é uma jornada de trabalho.
Do ponto de vista político, o governo pode estar a fazer alguma coisa, mas os que entendem a área económica duvidam que a embarcação seja sustentável para fazer a rota Quelimane-Chinde, por causa dos gastos de combustível.
Não há ainda preço definido
Entrevistado pela Comunicação Social, o vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Eusébio Saide, foi cauteloso no que toca ao preço a ser praticado neste trajecto.
Saide avançou apenas que o consórcio enviou uma proposta com a tabela de preços ao governo e cabe ao executivo da província analisar para depois fixar-se a tabela para o público.
Entretanto, nos bastidores fala-se de uma tarifa de 500 meticais por viagem, valor este que segundo se fala, não é do alcance de pessoas de poucas posses que vivem no Chinde.
Os próximos tempos poderão ditar os destinos verdadeiros do “Lualua”.