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Naufrágio na Zambézia mata dez pessoas, há 13 desaparecidos

Pelo menos dez pessoas morreram e 13 estão desaparecidas na sequência do naufrágio, na manhã desta quarta-feira (08), de uma pequena embarcação que fazia o transporte de passageiros entre os distritos de Chinde e Marromeu, na Província da Zambézia. A primazia que o Governo dá a Cidade de Maputo na alocação dos transportes públicos coloca-lhe com o responsável por mais esta tragédia em Moçambique.

Informações preliminares avançadas pelo Administrador do Distrito de Chinde, Pedro Vírgula, dão conta que a embarcação de madeira identificada por Júlia I transportava mais de três dezenas de pessoas faziam o trajecto habitual no rio Zambeze quando naufragou.

“É uma viagem constante, como não temos nenhum barco, não temos batelão, as pessoas usam o barco entre Chinde e Marromeu para apanhar comboio para Beira ou outra embarcação para Caia ou Quelimane”, explicou o governante à Rádio Moçambique indicando que existem oito sobreviventes do sinistro.

A viagem, que dura pelo menos 5 horas, acontece sem as mínimas condições de segurança embora seja efectuada em embarcações frágeis desde que o batelão que operava na região avariou em 2015 e desde então aguarda por cerca de 10 milhões de Meticais para a sua reabilitação.

O Ministério dos Transportes e Comunicações que rapidamente criou uma equipa de burocratas baseados em Maputo para “prestar melhor acompanhamento e o necessário apoio aos afectados” e ainda “participar no processo de inquérito para apurar as circunstâncias e causas do acidente” tem grandes responsabilidades em mais este naufrágio mortal pois enquanto gasta centenas de milhões de Meticais em autocarros para a capital do país é incapaz de pagar a reabilitação de um batelão para o Chinde.

Ironia do trágico destino dos moçambicanos é continuar a ser governado por um partido que endividou-lhes em 2,2 biliões de Dólares norte-americanos para comprar barcos que não os servem.

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