O sistema de dois turnos, que obriga os professores a fazer horas extraordinárias, não deixara de ser uma triste realidade, sobretudo em Nampula, contrariando as expectativas inicialmente criadas pelo sector de educação, aos pais e encarregados de educação, que aguardavam, ansiosamente, a materialização de promessas do governo visando a melhoria da qualidade do ensino.
Dados disponíveis indicam que o ano lectivo escolar 2010, vai arrancar com um défice de cerca de Cem professores. O número de vagas criadas pelo sector de educação, em Nampula, para o ano lectivo prestes a iniciar, ultrapassa os 1.140. 000 para o ensino básico, secundário geral e técnico profissional.
O corpo docente para assegurar a leccionação neste ano escolar é de 16.272 contra 14.085 do ano lectivo de 2009, o que representa um crescimento de cerca de 16 por cento. Face a previsão do crescimento dos efectivos escolares em 2010, a educação contratou 2.063 docentes, entre licenciados e de nível médio. Contudo, persiste um vazio de Cem vagas e para a sua supressão as indicações apontam para o recrutamento a partir das províncias vizinhas de Cabo Delgado e Niassa, em número igual.
Quanto as salas de aulas construídas a base de material convencional, a província de Nampula, não está no bom caminho, pois, do total de 9. 495 Unidades, 5.333 é referente as que foram edificadas a base de paus, estacas e com cobertura de capim. Para reduzir esse cenário no sentido de oferecer melhores condições de ensino e aprendizagem, um total de 278 salas de aulas do ensino primário e secundário geral serão edificadas no presente ano, com recurso a material convencional.
Para o posicionamento do livro escolar de distribuição gratuita na província, para as classes da primeira a sétima, o sector desembolsou cerca de 750 mil meticais. No total foram distribuídos 2.180.577 livros contra o planificado de 2.447.380 unidades, o que representa 89 por cento do nivel de execucao do plano da província.
