Pela terceira vez que se viu uma viatura BTR da Força de Intervenção Rápida (FIR), circular nas ruas de Quelimane. A primeira foi quando uma alta patente, escangalhou a viatura num acidente até hoje não esclarecido com detalhes. Da segunda vez, foi quando os munícipes de Quelimane, particularmente os vendedores do mercado Aquima, Central e outros do sector informal, exigiam a edilidade que lhes explicassem o porquê de destruir suas bancas.
E desta vez, a FIR sentiu cheiro de Maputo, olhando os acontecimentos desta quarta-feira, que deixaram praticamente a capital do país ao rubro e completamente vazia.
Em Quelimane, os munícipes nem sequer se agitaram, ouviam tudo através dos órgãos de comunicação social ou mesmo troca de “SMS” com pessoas conhecidas que estão na capital do país. Nos principais locais de aglomeração, caso concreto do mercado central, Brandão, Aquima, nada houve como manifestação. A actividade correu normalmente e as pessoas iam comentando.
FIR em cheio na cidade
Esta calma dos cidadãos de Quelimane, parece ter deixado a FIR um pouco receosa. Logo cedo, viu-se um forte dispositivo policial da FIR nas ruas da cidade de Quelimane, fortemente armados e prontos para agir. E não só, estiveram também nas principais ruas, a chamada polícia de protecção, que até destacou agentes com patentes, que normalmente não são frequentes nas patrulhas, mas em vão, porque ninguém se manifestou.
PRM confirma agitação
Contactado pelo nosso jornal, o porta-voz da PRM nesta parcela do país, Ernesto Serrote, confirmou de facto que a corporação reforçou medidas de segurança para conter qualquer foco de manifestações. De acordo com Serrote, a cidade de Quelimane, não teve caso nenhum de pessoas que teriam se manifestado.
Sobre o uso de meios altamente sofisticados nas ruas de Quelimane, a fonte disse tudo tinha em vista acautelar possíveis focos de manifestações. Refira-se que até ao fecho desta edição, não houve nada a registar.
