Katinka Hosszú voltou na segunda-feira a fazer história no mundo da natação, tornando-se a atleta com mais título em 200 e 400 metros estilos, concretamente seis, igualando Ryan Lochte e ultrapassando Michael Phelps, durante os Mundiais de natação de Budapeste.
A nadar em casa, a húngara, triplo ouro no Rio 2016 e detentora de cinco títulos mundiais de piscina longa, terminou em primeiro lugar nos 200 metros estilos, à frente da japonesa Yui Ohashi e da norte-americana Madisyn Cox, em 2.07 minutos.
A dama de ferro, como é conhecida, levou os seus compatriotas ao rubro na última prova do dia, com uma performance em que saiu na frente desde o início e venceu confortavelmente, conquistando, desde 2009, o sexto ouro, e a décima presença no pódio nesta categoria em mundiais. No final da prova, e perante o seu público, Katinka Hosszú não escondeu a satisfação por vencer em casa, salientando mesmo que esta conquista é ainda maior do que os três ouros que arrecadou no ano passado nos Jogos Olímpicos do Brasil.
“Penso que não há um patamar mais alto do que este: sagrei-me campeã mundial em Budapeste. Estou muito satisfeita e para mim foi mais importante do que as medalhas de ouro que conquistei nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. É uma das maiores conquistas da minha carreira”, salientou a atleta de 28 anos.
Refira-se que, além dos 200 metros estilos, a húngara vai ainda competir em mais cinco provas individuais, nomeadamente 200 metros livres, 100 e 200 costas, 200 mariposa e 400 estilos. Caso vença esta última, Hosszú baterá a marca de Ryan Loche e passará a ser a única atleta com sete vitórias.
Peaty e Sjostrom dominaram
Nas outras provas de segunda-feira, destaque para as performances do britânico Adam Peaty e da sueca Sarah Sjostrom. Campeão olímpico na especialidade e do mundo em 2015, o britânico fez os 100 metros bruços em 57,47, batendo o norte-americano Kevin Cordes e o russo Kirill Prigoda. O atleta de 22 anos confirmou o domínio ao estabelecer, na final, o segundo melhor tempo da história dos mundiais, ainda que tenha ficado aquém do recorde mundial, estabelecido por ele próprio nos 57,13 segundos.
Por sua vez nos 100 metros mariposa, a sueca Sjostrom confirmou o favoritismo ao vencer a prova, obtendo o quinto título mundial, depois de 2009, 2013 e 2015 (dois títulos). A sueca ficou a cinco centésimos do recorde mundial e não escondeu a surpresa no final, porque sentia “que estava mais lenta do que no domingo”, durante a qualificação, mas acabou por dominar a final, com 55,53 segundos, à frente da australiana Emma McKeon e da norte-americana Kelsi Worrell.