Dos cerca de 350 mil novos postos de trabalho criados no primeiro semestre de 2011, as mulheres ocuparam o correspondente a somente 6% daquele universo devido à sua baixa formação profissional e académica.
Estes novos postos são das áreas da indústria extractiva, na sua maioria, segundo indica o Fórum Mulher, organização não-governamental moçambicana dedicada à promoção da igualdade e empoderamento da mulher no país.
A coordenadora dos programas económicos e género da agremiação, Nilza Chipe, indicou que, no geral, a tendência de crescimento da mão-de-obra é positiva, apesar de continuar a “prevalecer o fraco acesso da classe feminina às novas oportunidades de trabalho criadas pelas recentes descobertas de gás natural, carvão mineral e outros recursos naturais estratégicos para o país”.
Nilza Chipe esclareceu ain- da que pessoas que mais dificuldades enfrentam para conseguir emprego no país são “as jovens que procuram a sua primeira afectação”.
Ela falava, esta Terça-feira (18), em Maputo, durante um encontro sobre promoção do auto-emprego para mulheres jovens que decorre sob o lema Ambiente Laboral e Desafios do Emprego para Classes Finalistas de Escolas e Universidades e junta representantes de vários estabelecimentos de ensino e da sociedade civil moçambicana.