O primeiro-ministro zimbabweano, Morgan Tsvangirai, ganhou o processo judicial que o opunha a uma mulher que recorreu para o Tribunal Supremo para impedir-lhe de casar-se com uma outra no fim de semana.
Locadia Karimatsengo Tembo, que contraíu casamento tradicional com Tsvangirai, ano passado, quis impedir o casamento previsto para Sábado (8) entre o primeiro-ministro e a sua nova noiva, Elizabeth Macheka.
Mas a juíza da causa, Antonia Guvava, rejeitou a queixa, remetendo-a para um tribunal inferior especializado em questões matrimoniais.
A requerente desejava impedir o novo matrimónio de Tsvangirai, argumentando que este acto iria dissolver tecnicamente o seu próprio casamento com o primeiro-ministro.
O casamento costumeiro não é reconhecido pelos tribunais no Zimbabwe, e a requerente disse recear que os seus direitos enquanto esposa de Tsvangirai deixem de ser reconhecidos se este último contrair uma nova união.
A juíza Guvava aconselhou Tembo a encaminhar a sua queixa para um tribunal especializado em questões matrimoniais e apontou algumas debilidades das leis sobre o casamento costumeiro.
“O pedido é assim rejeitado. A requerente tem ainda tempo para intentar uma objecção junto do oficial de casamentos no tribunal”, declarou a juíza Guvava.
O processo intentado contra Tsvangirai para impedir o seu casamento suscitou muito interesse no país, onde é associado a manobras políticas. O primeiro-ministro perdeu a sua primeira mulher num acidente rodoviário em 2009.