Uma polémica sobre a ocupação do Palácio Nacional despoletou na Etiópia desde que uma cadeia de televisão noticiou a recusa da esposa do malogrado primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, de ceder o edifício ao novo primeiro-ministro, Desalegn Hailemariam.
O debate público sobre a ocupação do Palácio Nacional foi revelado primeiro pelos jornais locais e a televisão satélite etíope Ethiopian Satellite Television (ESAT) revelou a recusa da mulher de Meles Zenawi de ceder o Palácio.
A televisão, que conseguiu recentemente retomar as suas emissões em Addis Abeba e na região após o seu encerramento durante o regime de Meles Zenewi, declarou que ela não compreende os motivos da recusa de Azeb Mesfin.
Enquanto membro do gabinete político da Frente Popular Democrática Revolucionária Etíope ( EPRDF, no poder), Azeb Mesfin é considerada como muito influente na vida política na Etiópia e era vista como futura primeira-ministra.
Os observadores sublinham que o edifício ocupado pelo imperador Menelik deverá ser conservado como monumento nacional e não servir de Palácio.
Contudo, os bloggers sublinham que, no interesse da segurança, o actual primeiro-ministro, que reside no bairro do Governo, na estrada principal do aeroporto internacional da Etiópia, deverá ocupar o Palácio como uma medida temporária.
Segundo a imprensa, a mulher do ex-primeiro-ministro, que recebeu uma outra casa, persiste na sua recusa, invocando a sua segurança pessoal.