Uma mulher detonou uma bomba que carregava escondida no seu corpo numa estação de autocarros cheias na cidade do nordeste nigeriano Damaturu, no domingo, matando dez pessoas e ferindo outras 30, disse a polícia, numa região que tem sido frequentemente atacada por militantes islâmicos.
A testemunha Adamu Muhammad disse ter ouvido um forte barulho e as pessoas que estavam na área da estação em Damaturu ficaram “em pânico”.
Ninguém reivindicou o ataque, que trazia as marcas do grupo insurgente islâmico Boko Haram, cujo uso de mulheres-bomba suicidas tem sido uma tendência nos últimos anos.
Um porta-voz da polícia para o Estado de Yobe, do qual Damaturu é a capital, disse que foram mortas 10 pessoas e feridas outras 30, algumas seriamente.
No sábado, militantes fortemente armados do Boko Haram atacaram e tentaram invadir a cidade nigeriana Gombe, mas mais tarde foram repelidos.
A insurreição violenta do Boko Haram por um estado islâmico já matou milhares de pessoas, desestabilizou o nordeste da maior economia da África e está cada vez mais a fazer o mesmo com os vizinhos Camarões, Chade e Níger. Esses países agora estão a lutar num esforço regional para esmagar o grupo militante.
A insurgência também lançou dúvidas sobre a liderança de Oresident Goodluck Jonathan, que é visto por não ter feito o suficiente para contê-la ou proteger os civis, centenas dos quais foram sequestrados.
A Nigéria adiou por seis semanas uma eleição presidencial que tinha sido marcada para ser realizada no dia 14 de fevereiro, citando a ameaça à segurança por parte do Boko Haram.