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Mubarak volta à prisão no Egito depois dum período no hospital

O ex-presidente do Egito Hosni Mubarak voltou à prisão depois de o Ministério Público ter determinado, Segunda-feira (16), que ele fosse transferido, alegando que, com a melhora da saúde, o ex-governante não precisava mais de ficar num hospital militar.

Condenado à prisão perpétua por causa da morte de manifestantes no levante que pôs fim ao seu governo, Mubarak foi transferido da ala médica da prisão Tora para um hospital militar, mês passado, seguindo-se às notícias de deterioração da sua saúde.

Na época, as autoridades e fontes militares deram versões diferentes sobre a condição do ex-governante de 84 anos, incluindo a de que ele estaria em coma e a viver com o auxílio de aparelhos.

A agência de notícias estatal depois relatou que ele estava “clinicamente morto”, uma notícia que recebeu duras críticas. A Mena foi acusada pelos críticos de participar numa farsa para tirar o ex-presidente da prisão.

Ele foi transferido para o hospital dias antes de os egípcios votarem na segunda volta das eleições presidenciais, que acabaram por eleger Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana.

Adel al-Saeed, procurador adjunto e porta-voz do Ministério Público, afirmou, Segunda-feira (16), que um comité médico formado para rever a condição de Mubarak decidiu que a sua saúde era estável o suficiente para não precisar mais de cuidados hospitalares avançados.

“Os membros do comité médico concluíram por unanimidade que a sua condição médica actualmente é estável sob o uso de medicamentos”, disse a nota do Ministério Público.

Condenado no dia 2 de Junho por não ter protegido os manifestantes, Mubarak estaria em condições precárias de saúde, segundo as autoridades. Ele foi levado à corte numa maca de hospital durante o seu julgamento.

A equipe de advogados de Mubarak pressionou para transferi-lo do hospital-prisão para um lugar mais bem equipado, dizendo que ele não estava a receber um tratamento adequado ao seu estado.

A mídia estatal tem relatado uma série de problemas de saúde do ex-presidente, desde a falta de ar a infartos e comas.

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