O Real Madrid e José Mourinho iniciaram processos judiciais contra um jornalista e um ex-vice-presidente do Barcelona que fizeram críticas em separado ao treinador português, esta semana.
Os advogados, representando Mourinho, abriram uma acção contra o editor-chefe do jornal Marca, Roberto Palomar, após um artigo escrito por ele publicado Segunda-feira (17).
“Palomar… referiu-se ao nosso cliente como ‘o tipo de pessoa que fugiria depois de derrubar alguém'”, disse um trecho da carta dos advogados de Mourinho publicada, esta Quinta-feira (20), no Marca.
“A nossos olhos esta frase é… degradante e foi usada de maneira completamente desnecessária na crítica.” O jornal disse que Mourinho exigiu que o artigo fosse rectificado e o pagamento de 15.000 euros (19.600 dólares) em indemnização, que ele prometeu doar para a equipa de futebol local onde o seu filho joga.
Num comunicado separado no site do clube, o Real Madrid disse que instruiu o seu departamento jurídico a tomar as medidas cabíveis contra Alfons Godall, director do Barcelona durante a presidência de Joan Laporta no clube catalão.
Depois que Mourinho escorregou de joelhos no campo do estádio Santiago Bernabéu para comemorar o golo de Cristiano Ronaldo, aos 45 minutos da segunda parte, na vitória por 3 x 2 sobre o Mancheser City na Liga dos Campeões, Terça-feira, Godall criticou o técnico no Twitter.
“É lamentável o psicopata a comemorar golos como se fosse jogador”, escreveu Godall. No seu comunicado, o Real Madrid afirmou: “O Real Madrid não vai permitir ataques desse tipo e vai sempre tomar medidas contra quem questionar a honra das pessoas que fazem parte deste clube.”
Apesar de Godall não fazer parte da actual directoria do Barcelona, o incidente certamente vai acirrar os ânimos antes da visita do Real ao estádio Camp Nou, no dia 7 de Outubro, pelo Campeonato Espanhol.