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Moçambola: Ferroviário de Maputo perde a segunda posição

Sem mais nada a ganhar senão a posição de vice-campeão, o Ferroviário de Maputo cedeu a segunda posição do campeonato ao seu homólogo da Beira, na tarde do último domingo. No jogo que decorreu no Estádio da Machava, os locomotivas da capital tudo fizeram para ficar com os três pontos, porém, acusaram falta de sorte. No mesmo dia, em Tete, o Desportivo de Maputo assinava a sua descida de divisão.

Foi uma partida intensa e muito bem disputada por ambas as equipas, que logo cedo despiram a irmandade que as une e correram atrás dos golos dando um verdadeiro espectáculo de futebol que só não teve público à altura para o assistir.

Logo no primeiro minuto, a equipa locomotiva da casa podia ter aberto o marcador quando Diogo, com o seu pé esquerdo, e de fora da grande área, atirou o esférico por cima da baliza. E foi assim na primeira meia hora do jogo com a locomotiva do Chiveve a jogar ao contra-ataque.

E num desses lances, o avançado Mário, pela direita do ataque e à entrada da grande área, desferiu um remate, porém inofensivo, em que o guarda-redes tanzaniano ao serviço do Ferroviário de Maputo, Mahomed deixou escapar o esférico das suas mãos tendo o mesmo terminado no fundo das malhas.

O jogo prosseguiu com a turma locomotiva da capital a correr atrás do resultado mas até ao minuto 90 nada mudou uma vez que o Ferroviário da Beira soube defender-se, e ainda podia, nalgumas jogadas de perigo, ter ampliado o marcador.

Com este resultado, pobre em golos para aquilo que foi a produção das duas equipas, a locomotiva do Chiveve subiu para a segunda posição na tabela classificativa com possibilidades de se sagrar vice-campeã já na próxima e última jornada, o que a ser efectivado será um feito inédito.

Festa e drama no planalto do Zambeze

Em Tete, o Chingale e o Desportivo de Maputo protagonizaram o jogo de destaque da 24ª e penúltima jornada do Moçambola, edição 2012. Em disputa estava a manutenção no escalão máximo do futebol moçambicano onde a desgraça pendeu para o histórico clube alvi-negro.

Nos primeiros 15 minutos, as duas equipas protagonizaram um jogo bastante aguerrido onde a táctica suplantava qualquer objectivo que levava os dois conjuntos ao jogo. Nesta etapa da partida, o Desportivo de Maputo foi a equipa que mais calafrios causou ao seu adversário, o que não inibiu o Chingale de demonstrar vontade de discutir até ao fim.

Quem saiu a ganhar com aquele tipo de jogo foi o público que lotou por completo o campo do Desportivo de Tete, que se mostrou pequeno para a moldura humana que para lá se dirigiu. A partir do minuto 15 até ao intervalo, as coisas mudaram de rumo e foi o Chingale a tomar as rédeas do jogo, explorando mais o flanco esquerdo que se mostrou nulo do lado do Desportivo, que face a isso foi obrigado a investir mais no sistema defensivo para não sofrer. E foi com o zero a zero a prevalecer que as duas equipas foram ao descanso.

Na etapa complementar, o Desportivo de Maputo moldou o seu sistema táctico e veio mais audaz tal como na entrada do jogo, mas encontrou um adversário que lutava pelo mesmo objectivo. Foi com o jogo dividido e rápido que ao minuto 78 e de bola parada, Hilário pôs a massa associativa do Desportivo de Maputo aos prantos e a sua direcção a pensar no futebol dos bairros da cidade de Maputo, para onde ruma na próxima época.

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