Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

 
ADVERTISEMENT

Moçambola: Arbitragens polémicas, chicotadas psicológicas e escassez de golos marcam as primeiras oito jornadas

Moçambola: Arbitragens polémicas

O Moçambola, a maior prova futebolística do país, já vai na oitava jornada e os casos de arbitragem que, sobremaneira, ofuscaram a competição na última década tendem a continuar e, por via disso, alguns clubes são beneficiados em detrimento dos outros. Nas rondas já disputas foram registadas duas “chicotadas psicológicas” e notou-se, mais uma vez, que a finalização continua a ser o calcanhar de Aquiles do futebol moçambicano.

Volvidas oito jornadas do Campeonato Nacional de Futebol, o Moçambola, a Liga Desportiva, bicampeã nacional, diga-se, graças a dois erros clamorosos da arbitragem, lidera a prova com um total de 16 pontos, por sinal os mesmos do segundo classificado, Maxaquene, enquanto o Ferroviário de Maputo se encontra na terceira e última posição do pódio com 15 pontos.

Nas rondas já movimentadas, as 14 equipas que fazem parte do certame já perderam pontos e a diferença entre o primeiro e o último lugar é de nove pontos, ou seja, em quatro jornadas, o 14º classificado pode saltar para a liderança.

A Liga Desportiva, que já foi levada ao colo pela arbitragem em dois jogos, frente ao HCB de Songo e ao Ferroviário de Nampula, é a única equipa invicta.

Os comandados de Litos Carvalha, que fizeram uma péssima campanha nas Afrotaças, somam quatro vitórias e igual número de empates, o que equivale a 16 pontos. No que toca a golos, aquela formação marcou nove e sofreu apenas um, o que lhe confere o estatuto de melhor ataque e melhor defesa.

O segundo classificado, Maxaquene, tal como aconteceu na época passada, nesta temporada, teve um arranque prometedor. Os tricolores são a equipa com mais triunfos até o presente. Em oito jogos aquela formação ganhou cinco, dos quais três dérbis, empatou um e perdeu dois.

Apesar de não praticar um futebol vistoso, o conjunto de Chiquinho tem conseguido suplantar os seus rivais e, por via disso, encontra-se no segundo posto com os mesmos 16 pontos do campeão em título. Nas oito partidas já realizadas, o Maxaquene marcou oitos golos e sofreu três. Segundo o seu treinador, o emblema tricolor vai lutar pelo título até as últimas consequências.

Depois da péssima campanha que o clube fez na época passada, a direção do Ferroviário de Maputo abriu os cordões à bolsa e foi ao mercado contratar jogadores para reforçar o plantel. No primeiro quarto do Moçambola, os locomotivas da capital do país têm sido uma das principais surpresas. A formação comandada por Vítor Pontes ocupa a terceira e última posição do pódio com um total de 15 pontos resultantes de quatro vitórias, três empates e uma derrota.

Os exigentes adeptos do Ferroviário de Maputo querem voltar a festejar mais uma conquista no que toca ao Moçambola na presente temporada e Vítor Pontes está convicto de que o seu colectivo é um candidato a ter em conta na luta pelo título.

A par do Ferroviário de Maputo, o Costa do Sol é o emblema com mais troféus no panorama futebolístico nacional. Na presente época, a formação presidida por Amosse Chicualacuala tem como objectivo ganhar o campeonato e a Taça de Moçambique. Os canarinhos, actualmente na quarta posição, não tiveram um grande arranque. Nos primeiros quatro jogos aquela formação somou cinco pontos em 12 possíveis; todavia, nas últimas quatro jornadas, a equipa de Nelson Santos conseguiu inverter o cenário e amealhou oito pontos.

Ao cabo de oito jornadas, com 12 pontos que correspondem a três vitórias, três empates e duas derrotas, o Costa do Sol ocupa o quarto posto.

Representantes da província de Nampula colados na tabela classificativa

Se o Campeonato Nacional de Futebol terminasse hoje, as três equipas de Nampula teriam garantido uma manutenção tranquila. Os três emblemas encontram-se na quinta, sexta e sétima posição, respectivamente.

O Desportivo de Nacala que liderou a prova nas primeiras três jornadas é a equipa melhor posicionada. Os comandados de Arnaldo Ouana, que somam três vitórias, três empates e duas derrotas, encontram-se na quinta posição com 12 pontos. A formação de Nacala, tal como na época passada, tem o objectivo de se manter na fina-flor do futebol moçambicano.

Por seu turno, o vice – campeão nacional, Ferroviário de Nampula, que se estreou com um triunfo no reduto do seu homónimo da Beira, teve um arranque aquém das espectativas. Obrigada a fazer os seus jogos fora de portas devido às obras de melhoramento do seu estádio, a equipa de Rogério Gonçalves perdeu três jogos nas primeiras quatro jornadas.

Mas a partir da quinta ronda, aquele conjunto regressou ao caminho das vitórias, ou seja, venceu três dos últimos quatro confrontos e perdeu um diante da Liga Desportiva, diga-se, com a ajuda da equipa de arbitragem. Nesta temporada, a palavra de ordem nas hostes da locomotiva da chamada capital da zona norte é a conquista do Moçambola.

O regressado Ferroviário de Nacala está a fazer uma excelente campanha. Os comandados de Sérgio Faife ocupam a sétima posição com 10 pontos, transcorridas oito jornadas. Os locomotivas somam três vitórias, um empate e quatro derrotas. Ciente das dificuldades que aquela formação vai enfrentar nas 18 jornadas que faltam, Faife quer uma manutenção tranquila.

Se o Moçambola terminasse hoje Desportivo de Maputo e Ferroviário da Beira desciam de divisão

O HCB, que para esta temporada contratou Artur Semedo com o intuito de lutar pelo título, ainda não conseguiu convencer os críticos do futebol nacional. Os Hidroeléctricos somam 10 pontos, resultantes de três vitórias, um empate e quatro derrotas, registo que, de certa forma, não joga a favor do único emblema da província de Tete, que tem como objectivo lutar pelo título até a última jornada.

Já o estreante 1º de Maio de Quelimane, que roubou dois pontos ao Ferroviário de Maputo e ao seu homónimo da Beira, foi a equipa sensação das primeiras oito jornadas do Moçambola. A formação orientada por Zulo, com o saldo de duas vitórias, quatro empates e duas derrotas, ocupa a nona posição com os mesmos 10 pontos do HCB de Songo. A formação da Zambézia preconizou a manutenção na alta – roda do futebol nacional como seu principal objectivo nesta temporada.

As formações do Clube de Chibuto e do Ferroviário de Quelimane ocupam a 10ª e 11ª posições, respectivamente. Os dois emblemas têm o registo de duas vitórias, três empates e três derrotas; porém, a equipa de Gaza, por ser a equipa mais concretizadora em comparação com os locomotivas de Quelimane, encontra-se no 10º posto.

O Ferroviário da Beira, Desportivo de Maputo e EHN de Vilanculo, se o Moçambola terminasse hoje, desceriam de divisão. O Ferroviário da Beira, terceiro classificado da época transacta, volvidas oito jornadas, ocupa a incómoda última posição.

Os Locomotivas, que trocaram Lucas Barrarijo por Aleixo Fumo, devido aos resultados menos conseguidos, com duas vitórias, um empate e cinco derrotas, ocupam a 14ª posição com sete pontos o que, de certa forma, constitui uma das principais surpresas do primeiro quarto do Moçambola.

Quem também trocou de treinador pelo mesmo motivo foi o Desportivo de Maputo. Antero Cambaco e Bernardo Mabui foram substituídos por Dário Monteiro e Calton Banze. A nova equipa técnica tem a árdua missão de tirar os alvinegros da zona de despromoção.

Nas oito jornadas já realizadas, a equipa agora orientada por Dário Monteiro soma oitos pontos, por sinal os mesmos da outra formação que está na zona de despromoção, o ENH de Vilanculos, que ainda não justificou o forte investimento que a direcção daquela colectividade fez para apetrechar o plantel.

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *