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Moçambique tem mais de 67 milhões de euros para reduzir a fome e a subnutrição crónica

A Comissão Europeia ofereceu a Moçambique 67,3 milhões de euros em apoio à redução da fome e da subnutrição crónica no sentido de acelerar o progresso rumo ao alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). O valor irá igualmente ajudar a melhorar a produção agrícola e pesqueira e a aumentar o acesso aos alimentos pelos grupos vulneráveis, em particular as mulheres e as crianças.

O montante envolve os pilares considerados essenciais e que se baseiam na segurança alimentar: disponibilidade de alimentos, acesso a alimentos e a qualidade nutricional. Inclui ainda a melhoraria da produção de agricultores e pescadores de pequena escala, por exemplo, providenciando maior acesso a insumos tais como sementes, fertilizantes ou ferramentas.

Um comunicado enviado ao @Verdade, refere que “outras medidas visam reduzir perdas pós-colheita, promovendo jardins caseiros para as mulheres e vacinando galinhas (a fim de reduzir a alarmante taxa de mortalidade)”.

Trata-se de um projecto irá também melhorar a ligação com os mercados e com os compradores, através do investimento em infra-estrutura de pequena escala (por exemplo, armazenagem), estradas rurais, sistemas de informação, electrificação de mercados, bem como através do apoio às organizações de agricultores.

“Educação sobre nutrição fará também parte de todas as actividades: mudar o comportamento das pessoas é um elemento chave na redução da subnutrição em Moçambique. Será ainda prestado um apoio específico ao programa nacional de enriquecimento do óleo vegetal, açúcar e farinhas de trigo, milho e mandioca”.

O comissário da União Europeia para o Desenvolvimento, Andris Piebalgs, disse que a garantia da segurança alimentar faz parte do desenvolvimento. “Pessoas com fome não possuem energia para cuidar das suas famílias, para trabalhar ou para ir à escola. A subnutrição tem efeitos desastrosos e irreversíveis no desenvolvimento físico e mental das crianças, o que prejudica o seu potencial”.

Por isso, com o montante desembolsado pela sua instituição fica expressa a vontade de ver Moçambique a vencer a luta contra a fome e a pobreza. “Com projectos como este, juntos damos mais um passo em direcção aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio a atingir até 2015 e ao nosso objectivo final de um mundo sem fome”.

A quantia ora disponibilizada faz parte da “Iniciativa ODM”, da Comissão Europeia, que pretende facilitar o progresso dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Segundo o mesmo comunicado, a aludida iniciativa, de que Moçambique é o maior beneficiário, tem no total um financiamento de um bilião de euros. Dá prioridade aos ODM, “que correm o risco de não ser alcançados dentro do prazo limite, até 2015. Por isso necessitam de esforços adicionais: redução da fome e da mortalidade materna e infantil, e melhoramento do acesso à água e ao saneamento”, dentre outras acções.

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