Uma média de 25% das cerca de 70 mil toneladas de algodão produzidas na safra agrícola 2010/2011 é que constituiu o volume das exportações feitas por Moçambique daquele produto de rendimento de camponeses para a Índia, China e Paquistão.
A percentagem corresponde apenas à fibra de algodão que é o único produto exportado devido à falta de tecnologia apropriada de processamento de todo o algodão produzido por 223 mil famílias de camponeses para ter a qualidade desejada pelo mercado externo, segundo o Ministério da Indústria e Comércio.
A situação poderá ser ultrapassada com a venda pelo Estado da fábrica Riopele de Moçambique ao consórcio MCM-Indústria Têxtil, constituído pelas empresas moçambicana INTELEC Holding e portuguesas Munditextil, Mundifios e Crispim Abreu.
No primeiro ano da exploração da fábrica, o consórcio pretende aplicar cerca de 15 milhões de dólares norteamericanos para produção do fio e atoalhados de felpo para exportação, devendo na segunda fase do empreendimento serem desenvolvidas actividades de prestação de serviços de tinturaria, tecelagem, confecção e acabamento e “implementação de um pólo industrial preparado para acolher até 150 pequenas e médias empresas moçambicanas”, segundo Haje Pedreiro, do consórcio MCM-Indústria Têxtil.
Refira-se, entretanto, que a INTELEC Holding tem como sócios maioritários o Presidente da República, Armando Guebuza, e o antigo presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Salimo Abdula.
