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“Moçambique está em preparação (…) não estivemos preparados antes para a Mozal, Sasol e Vale” Luísa Diogo

“Moçambique está em preparação (...) não estivemos preparados antes para a Mozal

Avaliando o estágio que o nosso país está após o anúncio do maior investimento privado de sempre em África a antiga primeira-ministra Luísa Diogo disse que “Moçambique está em preparação”. A economista que preside a um banco privado comparou o momento actual com período que antecedeu a instalação dos megaprojectos Mozal, Sasol e da Vale, “não é possível estar preparado antes de qualquer projecto de investimento”.

“Moçambique está em preparação, porque nós não podíamos estar preparados antes, da mesma maneira que não estivemos preparados antes para a economia de mercado, como não é possível estar preparado antes de qualquer projecto de investimento” avaliou Luísa Diogo na abertura da 6ª Conferência do gás que decorreu em Maputo.

A economista, que foi ministra das Finanças e primeira-ministra recordou: “Não estivemos preparados antes para a Mozal, mas fizemos antes dos prazos definidos, não estivemos preparados antes para a Sasol, e realizamos nos prazos definidos, não estivemos preparados antes para a Vale, mas realizamos nos prazos definidos”.

Divagando, afinal quem liderou e vai liderar as construções não são empresas nacionais, Luísa Diogo disse que “os investidores da área de gás devem entender que os moçambicanos quando entram na construção dos empreendimentos, os moçambicanos gostam de fazer antes dos prazos previstos”.

A economista que agora é banqueira classificou de “momento mágico” a Decisão Final de Investimento do consórcio que explorar o gás natural existente no Campo Golfinho/Atum na Área 1 da Bacia do Rovuma que comparou ao inicio da Luta Armada, ao dia da Independência e a data da assinatura dos Acordos de Paz e declarou que não está “apreensiva se os moçambicanos vão conseguir ou não participar integralmente neste processo de desenvolvimento, operação e logística do gás, porque sempre conseguiram fazer coisas que pareciam ser impossíveis, em cada momento”.

No entanto Luísa Diogo alertou que o crescimento exponencial do Produto Interno Bruto “de uma maneira provavelmente inédita, e até assustadora” coloca o desafio de partilha-lo pelos moçambicanos. “Mas nós sabemos que o Produto Interno Bruto é aquele produto que na realidade nós podemos dizer que estamos dentro de uma casa e temos um pão para partilhar, uma pessoa come e diz que comeu com os outros sete que estão dentro, é preciso encontrar formas para que este crescimento tenha impacto diferenciado”.

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