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Moçambique entra na lista de produtores de petróleo

Moçambique vai entrar, neste ano, no grupo dos países produtores de petróleo, com o início previsto da produção comercial das descobertas feitas pela petroquímica sul- africana Sasol, nos campos de Pande e Temane, na província de Inhambane, sul do pais.

Segundo as previsões oficiais daquela petroquímica, serão produzidos perto de 2.000 barris de petróleo diários, uma quantidade que, em termos comerciais se considera pequena, quando comparado com a escala média mundial, mas que é vista como importante para “diversificar a base das exportações moçambicana”, numa altura em que o país se projecta como o próximo fornecedor mundial do gás natural.

Segundo escreve, terça-feira, o Mediafax, as descobertas do petróleo no projecto liderado pela Sasol aconteceu há alguns anos. Contudo só mais tarde e graças a pesquisas complementares, confirmou-se que o mesmo é comercialmente viável, tendo o anúncio oficial sido feito nos finais do ano passado.

Em declarações à rádio pública alemã DW, William Telfer, especialista em hidrocarbonetos, afirmou que a descoberta ora anunciada “é muito viável” e que 100 poços semelhantes equivalem à produção de Angola e da Nigéria. “Não é pouco, é muito bom. E vamos ouvir falar, em breve, de mais descobertas que vão multiplicar a quantidade de poços”, afirmou o especialista.

O diário “O País”, escreve que os representantes da Sasol deram já indicações de que são possíveis novos aumentos nas estimativas de reservas petrolíferas, estando em curso as actividades de exploração na área. Segundo o Oil and Gas Journal, Moçambique tem perto de 4,5 biliões de pés cúbicos de reservas de gás natural provadas, mas não tinha até início do ano passado quaisquer reservas de petróleo.

No mês passado, o presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional moçambicana de Hidrocarbonetos (ENH), Nelson Ocuane, afirmou que os estudos realizados naquele local indicam que o petróleo existente é “leve” e não o crude convencional.

“Vamos trabalhar com o ponto intermédio que é da existência de mais ou menos 200 milhões de barris naquele local. Existem duas hipóteses, pode-se fazer o processamento local, instalando-se uma refinaria ou então exportar tal e qual ele é.

O que vai ditar são os elementos económicos e o Governo é quem aprova os estudos realizados”, avançou Ocuane, citado pelo “O País”. A revista britânica “The Economist” considera que a notícia sobre o arranque de exportações de petróleo “é bem-vinda para o emergente sector energético moçambicano” e um “sinal de confiança” da parte de um investidor estrangeiro importante.

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