A partir de 2012, Moçambique poderá passar a produzir chá anti-malária e contra stress, com base nas plantas cientificamente designadas por Jasminum Fluminense e Artimisia Amune, segundo garante o Centro de Investigação e Desenvolvimento em Etnobotânica (CIDE) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Resultados preliminares de ensaios desenvolvidos desde 2010 pelo CIDE, algures no distrito da Namaacha, província do Maputo, indicam que aquelas plantas possuem “alto nível de eficácia para o tratamento de stress e malária” e que elas deverão ser distribuídas a empresas nacionais e estrangeiras interessadas em explorar a indústria de produção de medicamentos feitos com base em plantas medicinais.
Aquela instituição colocase à disposição das mesmas empresas e instituições públicas e privadas interessadas “para prestar assistência técnica e científica a investidores daquela actividade”.
Pretende-se com a iniciativa que haja um maior aproveitamento das potencialidades científicas e tecnológicas disponíveis na utilização de plantas nativas e medicinais abundantes em várias regiões de Moçambique e para elevar o potencial existente no aproveitamento de plantas medicinais como culturas de rendimento das populações das zonas rurais.
A produção de chá contra malária e stress a partir de 2012 foi dada a conhecer, esta segunda-feira, no distrito da Namaacha, à margem de uma cerimónia de apresentação dos resultados da pesquisa sobre o potencial de proteinas e vitaminas existentes nos cerca de 25 diferentes produtos alimentares mais consumidos nas províncias do Maputo, Tete e Gaza.
Naquele grupo há a destacar cacana, tseke, abóbora, batata-doce, quiabo, feijãonhemba, bangara, therere, chicumbacumba e moringa.