A selecção nacional do Madagáscar derrotou Moçambique neste domingo(23), em pleno estádio nacional do Zimpeto, 0 a 2 foi o resultado que ditou mais uma eliminação precoce dos “Mambas” do Campeonato Africano para jogadores que que atuam nos seus países de origem(CHAN). “(…) Eu penso que o pormenor que decidiu de facto esta eliminatória foi um erro” afirmou Abel Xavier em alusão a fífia do guardião Victor que entregou de bandeja a bola a Bela para abrir o marcador.
Os pupilos de Abel Xavier, quiçá inebriados com todo o marketing em torno do jogo, que teve como epílogo no sábado o Presidente Filipe Nyusi a visita-los pessoalmente durante o último treino, entraram para a partida desta 2ª mão da 2ª eliminatória da Região Austral confiantes no empate 2 a 2, conseguido em Antananarivo há 1 semana, que lhes permitiria seguir em frente na qualificação só com um empate mesmo sem golos.
A precisarem de vencer os malgaxes assumiram o comando do jogo e diante de milhares de moçambicanos que acorreram ao estádio nacional do Zimpeto tornaram os “Mambas” inofensivos e ainda fizeram tremer os ferros da baliza de Victor. Os “Mambas” só perto do intervalo conseguiram criar perigo para a baliza adversária.
Depois do descanso, ainda em vantagem na eliminatória, mercê dos dois golos marcados fora, a selecção nacional equilibrou a partida e teve várias ocasiões para acertar na baliza do Madagáscar, só que faltava calma e a pontaria não estava afinada.
“O pormenor que decidiu de facto esta eliminatória foi um erro” Abel Xavier
No minuto 62 o defesa Salomão, depois de receber uma bola fácil, atrasou uma bola sem problemas para o guarda-redes Victor que perdeu muito tempo a repô-la em jogo e deixou-se antecipar pelo jogador malgaxe Bela, que roubou-lhe o esférico e com a baliza escancarada não falhou.
Em desvantagem na eliminatória os “Mambas” começaram a correr mais a procura do golo do empate, que lhe permitiria a qualificação graças aos dois golos marcados em Antananarivo, mas as jogadas não saíam bem e lá na frente continuava a faltar clarividência no momento de chutar para a baliza de Leda.
Já no segundo minutos de compensação Njiva, que havia bisado na 1ª mão, recebeu a bola à meio de meio campo, deixou para trás três defesas moçambicanos e com Victor pela frente atirou para o poste mais longe do guardião que novamente ficou mal na fotografia, deixando mudos os adeptos nas bancadas e acabando com as esperanças dos “Mambas” de apurarem-se para a fase final do CHAN de 2018 cuja fase final será disputada no Quénia.
“Nós abordamos o jogo de uma forma positiva, penso que nos primeiros 45 minutos acho que podíamos ter entrado muito melhor no jogo, houve muito precipitação em relação a interpretação daquilo que eu tinha idealizado, acusaram alguma ansiedade, mas de qualquer das maneiras eu penso que o pormenor que decidiu de facto esta eliminatória foi um erro”, começou por afirmar Abel Xavier, o seleccionador nacional em declarações à TVM.
“Um erro quando o jogo estava repartido, estava bastante equilibrado, nós sabíamos que era uma equipa que também era forte nas finalizações mas aquilo ditou foi um erro que no final das contas nós partilhamos por todo o grupo, nós não vamos acusar ninguém individualmente pela eliminação, estamos todos dentro da mesma situação e portanto é preciso levantar a cabeça e continuarmos a trabalhar”, concluiu após a eliminação pelo agregado de 2 a 4, nas duas eliminatórias.
Esta foi a segunda vitória de Madagáscar sobre Moçambique, em menos de um mês. Os malgaxes haviam derrotado os “Mambas” por 4 a 1 no passado dia 30 e contribuído para a desastrosa participação da nossa selecção de futebol no torneio da COSAFA, onde ainda perdeu 4 a 0 diante do Zimbabwe.