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Moçambique e Portugal cooperam na área do Comércio

Os governos de Moçambique e de Portugal assinaram segunda-feira, em Maputo, três acordos destinados a melhorar a sua cooperação na área de Comércio.

Trata-se do memorando de entendimento para a instalação de plataformas logísticas de base alimentar em Moçambique nas províncias de Maputo (Sul do país), Sofala (Centro) e Nampula (Norte) e dois protocolos de cooperação.

Um dos protocolos visa criar o enquadramento para promover a cooperação técnica entre a Direcção de Comércio do Ministério da Indústria e Comércio de Moçambique (MIC) e a Autoridade de Concorrência de Portugal.

Enquanto que o segundo protocolo tem o objectivo de promover o quadro de cooperação técnica entre a Inspecção de Actividades Económicas de Moçambique e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica de Portugal.

Os três acordos foram assinados pelo Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando, em representação do Governo moçambicano, e o Secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueira, em representação de Portugal, como parte do programa da 46/a edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM) que arrancou esta Segunda-feira em Maputo.

Falando na ocasião, António Fernando disse que os acordos rubricados com Portugal são vitais para a economia de Moçambique. A título de exemplo, o governante moçambicano falou do impacto do primeiro acordo (o memorando de entendimento) na conservação dos produtos agrícolas.

“Como sabemos, muitos dos nossos produtos agrícolas quando chegam às cidades acabam apodrecendo porque não temos um local para os conservar. Ora, este acordo permite que se criem as bases para que em Maputo ou na Matola se crie este centro abastecedor que vai permitir conservar os produtos por muito mais tempo”, disse ele.

Os protocolos de cooperação visam criar bases para Portugal partilhar as suas experiências no regulamento da economia do mercado e na inspecção de produtos comercializados nos mercados.

António Fernando disse que o Governo quer combater situações de comercialização de produtos fora de prazo, corrompidos ou falsos.

Por seu turno, Fernando Serrasqueira disse que o governo português está disponível para partilhar os seus conhecimentos e experiências com Moçambique nestas áreas especificas de cooperação.

Serrasqueira disse que as instituições moçambicanas abrangidas por estes acordos estão livres para usarem as suas contrapartes portuguesas para partilhar experiências e conhecimentos por elas já alcançados.

Fernando Serrasqueira, que lidera a delegação portuguesa presente na feira, disse esperar que as empresas do seu país tenham um papel importante na economia de Moçambique e que consigam estabelecer parcerias importantes para ambas partes.

“Desejamos que a economia moçambicana cresça o mais rápido possível e nós iremos dar o nosso contributo para que isso aconteça”, disse ele, argumentando que tal ilustra as boas relações entre Moçambique e Portugal que tem uma base na tradição histórica.

Ainda segunda-feira, segundo dia da feira, o Instituto para Pequenas e Médias Empresas (IPEME), uma instituição subordinada ao MIC, galardoou seis empresas que melhor se destacaram no ano passado em termos de boas práticas de gestão, legalidade e bom desempenho.

Trata-se das empresas Tecnicol Moçambique Lda, Trans Martinho e STSSolmoz Tecnologia e Soluções Lda, nas categorias de Pequenas Empresas, e a Limpers Group, Lda, Cinderela Laundry Service Lda, Riplex- Indústria de Embalagens Plásticas bem como a Pintex- Fábrica de Tintas SARL, na categoria de médias empresas.

Os primeiros classificados terão o privilégio de integrar uma missão empresarial para Milão e Torino, Itália, onde vão trocar experiências nas suas áreas de actividade. Os outros vencedores vão receber apoio técnico do IPEME em matérias a sua escolha.

O concurso é organizado pela empresa moçambicana Leonardo Business Consulting em parceria com a Embaixada da Itália em Maputo e o IPEME.

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