Os governos de Moçambique e Lesotho estabeleceram, formalmente, um mecanismo de troca de informações, de forma expedita, visando fazer face aos desafios comuns no âmbito da segurança e ordem pública, em particular no combate ao crime transnacional organizado e a imigração ilegal.
Para o efeito, o Vice-Ministro moçambicano do Interior, José Mandra, e a Vice-Ministra da Administração Interna, Segurança Pública e Assuntos Parlamentares do Reino do Lesotho, Lineo Molise-Mabusela, rubricaram, hoje, em Maputo, a acta das conversações entre os dois ministérios com vista a materializar o objectivo preconizado.
José Mandra disse, no final das conversações, que os dois países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) pretendem estabelecer, ainda este ano, um memorando de entendimento que vai reger todas as questões preconizadas na esteira do diálogo havido em Maputo.
A fonte disse, por outro lado, que o encontro de Maputo é fruto do trabalho que os dois países já vinham levando a cabo no sentido de garantir que questões de natureza comum nunca perigassem a segurança quer dos dois países, quer da região.
“Esperamos receber, muito em breve, um convite do Lesotho onde vamos assinar o memorando que vai dar corpo ao acordo de cooperação que hoje estabelecemos formalmente, para um intercâmbio expedito de informações que ajudarão a fazer face aos desafios comuns”, explicou Mandra.
A visita de Lineo Molise-Mabusela a Moçambique, no contexto de estreitamento das relações de amizade e cooperação entre os dois países, com particular enfoque para o sector da segurança pública, permitiu passar em revista a situação de segurança e ordem pública prevalecente nos dois países.
A ocasião permitiu ainda avaliar o ponto de situação da implementação do acordo de Acordo de Supressão de Vistos, assinado em Agosto de 2009.
Mabusela, cuja missão no país termina sábado, visitará ainda instituições responsáveis pela emissão de bilhetes de identidade, passaportes e cartas de condução biométricos, depois de ter feito o mesmo com a Academia de Ciências Policiais, com o intuito de aprofundar o conhecimento mútuo sobre o funcionamento das mesmas, bem como identificar possíveis áreas de cooperação.