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Moçambique dado como maior exportador informal de milho da África Austral

Devido a dificuldades prevalecentes no controlo da produção familiar e à fraca fiscalização do Governo ao longo da fronteira, Moçambique aparece destacado com o triste estatuto de primeiro país da África Austral que mais exporta informalmente o seu milho para a região, reconhece o Ministério da Agricultura.

Nominalmente, e é óbvio que o dado peca por defeito, entre Abril e Junho de 2010, a exportação informal de milho atingiu a cifra de 14 mil toneladas, de acordo com resultados de um estudo patrocinado pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) daquele departamento governamental moçambicano divulgados, esta quarta-feira, em Maputo.

A pesquisa aponta o Malaui, a Zâmbia e o Zimbabué como os principais destinos do milho exportado por agentes económicos do sector informal e fora do controlo das autoridades governamentais moçambicanas, segundo ainda a mesma fonte.

A nível doméstico, a produção de milho na campanha agrícola 2009/2010 foi considerada “boa” pelo MINAG, pelo facto de a época ter terminado com um volume de produção conseguida de cerca de 2166 toneladas, contra uma necessidade de consumo de pouco mais de duas mil toneladas deste cereal, de acordo ainda com resultados do referido estudo, apontando as favoráveis condições meteorológicas, disponibilização atempada de sementes e de outros factores de produção como as principais razões que contribuíram para o incremento da produção de milho naquele período.

Insegurança alimentar

Apesar daquele cenário, de Agosto a Outubro corrente estima-se que cerca de 350 mil moçambicanos estejam a enfrentar insegurança alimentar, necessitando de assistência humanitária e insumos agrícolas “urgentes” dentro dos próximos três a seis meses, de acordo ainda com o SETSAN.

O estudo visava actualizar o estágio actual da insegurança alimentar em Moçambique e o mesmo abrangeu um universo de 3120 agregados familiares distribuídos por 63 distritos do país.

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