Moçambique ainda não definiu as suas estratégias de desenvolvimento económico e já devia tê-las, com indicadores tangíveis num período curto que podia ser de cinco em cinco anos, defendeu José Sulemane, professor do ensino superior, economista e membro do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O país, a par de outras nações com uma economia de transição, não pode ter taxas de câmbio fixas com vista a garantir que haja maior volatilidade no mercado e assegurar a estabilidade financeira.
Aliás, José Sulemane, que falava na abertura das Sétimas Jornadas Científicas do Banco de Moçambique, disse que os mecanismos desta instituição de cedências e absorções monetárias ainda não são claros e, além de outros aspectos, é preciso reduzir o financiamento directo do Estado, trazendo mais autonomia ao Banco Central, segundo a Lusa.
Ernesto Gove, governador daquele banco defendeu que o investimento depende da estabilidade macroeconómica, ou seja, os investidores apreciam um mercado sem muitas oscilações a nível cambial e de juros.
O nosso país segue um regime de metas monetárias. O investimento não pode vir ao país sem a estabilidade macroeconómica e a definição de políticas deve estar aliada a uma posterior implementação, pois um país não pode afirmar ao mercado que segue um determinado regime monetário enquanto, na prática, usa outro.