O mundo celebrou no sábado (25) o Dia da Luta Contra a Malária, a principal causa de internamentos e mortes em Moçambique onde o lema “Zero Malária Começa Comigo” é uma miragem. O @Verdade apurou que no ano passado pelo menos 734 moçambicanos morreram desta doença que levou às unidades sanitárias 10,9 milhões de pessoas.
“A malária continua sendo um dos maiores problemas de Saúde Pública no nosso país e, não obstante os esforços empreendidos ao longo dos anos, continuamos a assistir de forma preocupante o aumento dos casos e enchentes nas unidades sanitárias, com maior destaque para as consultas e enfermarias de crianças”, declarou o Presidente da República numa mensagem alusiva à data.
O Presidente Nyusi assinalou que “a malária para além de causar luto e manter o ciclo doença/pobreza nas famílias, interfere negativamente no desenvolvimento económico e social do nosso país. Por esses motivos, gostaria nesta ocasião, de reafirmar a nossa responsabilidade e compromisso como Governo de lutar contra esta doença”.
Em Março passado, na conclusão da revisão do Plano Estratégico da Malária no nosso país, o director do Programa Mundial da Malária na Organização Mundial da Saúde, Pedro Alonso, alertou em Maputo que Moçambique “no âmbito da malária, está numa situação de emergência (…) temos uma carga de doença que é muito alta, Moçambique está entre os países com mais alta carga de malária no mundo”.
O @Verdade apurou que apesar desta “situação de emergência” a mortalidade por malária tem vindo a reduzir, dos 1.114 moçambicanos que pereceram no ano de 2017 os óbitos reduziram para 970, no ano de 2018, e para 734, no ano de 2019.
Dados do Programa Nacional de Controlo da Malária indicam que Niassa foi a província com a maioria dos óbitos, 157, seguida de Cabo Delgado, 123, e Nampula, com 110 mortos por malária.
No entanto o @Verdade descortinou que número de doentes está a aumentar, em 2017 o total de casos de malária tinham sido 9.981.479, em 2018 subiram para 10.339.787 e no ano passado ascenderam a 10.904.125 casos. A maioria dos doentes foram diagnosticados na Província da Zambézia, 2.366.457, na Província de Nampula, 2.249.615, e na Província de Sofala, 1.116.802 doentes.