Moçambique está acima da média da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) no que respeita ao nível de estabilidade macro-económica atingido nas variantes da dívida pública, défice fiscal, inflação e diferencial da taxa de juros e índice agregado.
Contudo, está abaixo da média de países como Lesoto, Botsuana, África do Sul, Tanzânia e Maurícias, segundo resultados duma avaliação sobre índice de estabilidade macroeconómica para Moçambique realizado pelo World Economic Forum do Banco Mundial (BIRD).
O relatório desta instituição sobre a competitividade global que tem como um dos pilares para a avaliação da competitividade mundial o nível de estabilidade macroeconómica, Moçambique apresenta o nível de 4,18 pontos acima da média da SADC em 0,23 ponto.
Instituições financeiras
Entretanto, o FMI diz ter concluído num estudo por si realizado que no sector financeiro é notório o aumento do número de instituições bancárias que passou de cinco, em 1995, para 18, em finais de 2011, bem como de produtos e serviços por elas oferecidos, grau de intermediação financeira e o nível de monetização da economia, medida pelo rácio da oferta monetária, que inclui a totalidade das notas e moedas do Metical fora do sistema bancário e depósitos de residentes, tanto na moeda nacional como na moeda estrangeira, sem inclusão dos depósitos do Estado e das instituições financeiras sobre o PIB.
Esta variante passou de 25,6% do PIB, em 2000, para 42,7% (2011), valor próximo da média dos países da África Subsaariana, que é de 48,9%, mas bem abaixo da média dos países da SADC, que é de 68,2%, e da África do Sul (88,4%).
O crédito bancário à economia em percentagem do PIB passou de 17,3%, em 2000, para 29,1% (2010), “estando mesmo assim ainda abaixo das médias dos países da África Subsaariana e da SADC, que foram de 89,5% e 45,8%, respectivamente”, sublinha o documento conjunto do FMI e do Banco Mundial produzido em 2011 sobre instituições financeiras moçambicanas.