Nominalmente, cada moçambicano consome uma média anual de 61 quilogramas (kg) de fruta, contra os 146 quilogramas recomendados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Nas avaliações da FAO, esta quantidade é “muito baixa” e tem reflexos na insegurança alimentar e nutricional que afecta cerca de 350 mil moçambicanos.
Esta avaliação é, de resto, reconhecida pelo Ministério da Agricultura (MINAG), que salienta que a fruta fornece energia, carbohidratos, vitaminas, minerais e outros produtos com propriedades bioactivas importantes para melhorar a dieta alimentar e a qualidade de vida.
Aquele departamento governamental moçambicano, entretanto, aponta o difícil acesso ao financiamento à actividade produtiva, fraca capacidade de conservação e processamento e ausência de acções de fomento e transferência de tecnologia para o sector familiar e pequenos produtores como as razões de fundo para o pouco aproveitamento da fruta no país.
Avança ainda o documento do MINAG indicando que o país dispõe de uma rica variedade de espécies de fruteiras, “mas muitas já estão em risco de desaparecimento devido à exploração irracional”.
Realça a seguir que com o maior aproveitamento das suas potencialidades, o país poderia tornar-se num “importante fornecedor de fruta tropical em grandes quantidades e qualidade para o mercado internacional”.
Em média anual, Moçambique produz 1,2 milhão de toneladas de fruta diversa e exporta somente 29 mil toneladas do mesmo produto e 95% daquelas exportações são de banana, seguidas de citrinos, manga e litchi.
No global, a produção de frutas garante emprego a 3560 assalariados e sustento de perto de 1600 famílias moçambicanas.