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Moçambicanos condenados a 25 anos de prisão na África do Sul

Um tribunal sulafricano condenou três cidadãos moçambicanos a 25 anos de cadeia pelo seu envolvimento no abate ilegal de rinocerontes, uma espécie em risco de extinção.

Os concidadãos, segundo uma nota da “South Africa National Parks” foram detidos em Junho de 2010, no Kruger Park, na posse de dois cornos recém-retirados dos paquidermes, duas armas de caça e uma picareta.

“A prisão destes caçadores furtivos é uma indicação de que como país estamos a tomar medidas enérgicas na luta contra a caça ilegal de rinocerontes”, disse David Mabunda, chefe executivo do serviço de parques.

Até então, os caçadores furtivos eram condenados a alguns anos de cadeia ou multados. A pena máxima pela caça do rinoceronte ia até 10 e 15 anos para os encontrados na posse de armas.

Os três moçambicanos receberam pena máxima por cada um dos crimes, penas de prisão muito maiores que as aplicadas pelos tribunais aos criminosos condenados por outros crimes.

Em 2010, um total de 448 rinocerontes foram abatidos na África do Sul, onde existe a maior população da espécie, mas a crescente demanda do corno do paquiderme nos mercados asiáticos estimula a caça furtiva.

O valor do corno do rinoceronte subiu para cerca de 65 mil dólares americanos, por quilograma, mais caro que o ouro e a platina nos mercados asiáticos, onde, embora sem base científica, se acredita que o seu consumo ajuda a reduzir o risco de cancro.

A África do Sul, que há uma década tinha mais de 20 mil rinocerontes, perde anualmente cerca de 15 animais, na sequência da caça furtiva.

Porém, a caça furtiva aumentou drasticamente desde 2007. A acumulação da riqueza em países como Tailândia e Vietname permitiu que mais pessoas tivessem maior poder aquisitivo para a compra do corno do rinoceronte destinado ao uso na medicina tradicional.

O número de rinocerontes que morre na África do Sul de causas não naturais, como o abate ilegal ou caça furtiva, atingiu níveis que poderão reduzir a população se medidas não forem tomadas, segundo o estudo feito por Richard Emslie, um perito na matéria.

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