Dois cidadãos, dos quais um moçambicano e um sul-africano, estão a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM) em Maputo por alegada falsificação da moeda da África do Sul. Os visados foram detidos quando pretendiam trocar o dinheiro pelo metical, nos terminais rodoviários da Junta e baixa.
Orlando Modumane, porta-voz da PRM, apela à população para que fique mais atenta nesta altura da quadra festiva, em que há um movimento desusado de pessoas a atravessarem as fronteiras para Moçambique com intuito de passar as festas. Entre essa gente, disse o policial, dinheiro a circular nas mãos de falsificadores de moeda.
O moçambicano, de 33 anos de idade, cujo nome não nos foi relevado, caiu nas mãos das autoridades policiais numa altura em que pretendia trocar 21 mil rands falsos no Terminal Rodoviário Inter-Provincial da Junta.
O sul-africano, que confessou o crime à Imprensa, foi preso no domingo (20), no Terminal Rodoviário da Baixa, na posse de 50 mil rands contrafeitos. À Polícia, o cidadão ora privado de liberdade contou que vendeu dólares na África do Sul para obter tal montante.
Já em contacto com jornalistas, ele admitiu que falsificou o dinheiro com recurso a uma maquina que ele próprio comprou no seu país para tal efeito. O indivíduo disse, também, que se dedica a actos como estes desde a década de 90.
“Gastei muito dinheiro para fazer isto e comprei uma maquina grande para tal. Eu sabia que o dinheiro é falso. Trabalho sozinho e faço isto na África do Sul. É a primeira vez que venho a Moçambique”, relatou o cidadão, de 42 anos de idade, aparentemente sem arrependimento, pese embora preso.
Por sua vez, o cidadão moçambicano enclausurado, há quatro dias, alegou que vendeu uma viatura no distrito de Magude, província de Maputo, tendo o seu cliente desembolsado dinheiro falso sem ele se aperceber.
Nenhuma destas explicações convenceram os agentes da Lei e Ordem. Orlando Modumane disse que “são justificações próprias de indivíduos de contunda criminosa. Ninguém recebe 21 mil e 50 mil rands em notas falsas sem que se aperceba (…)”.