“Ignorando” a desorganização que caracterizou os preparativos para que Moçambique retirasse dividendos durante a realização do Mundial de futebol na vizinha África do Sul, o ministro do Turismo crucifica a imprensa, no geral, pelo desastre.
Em declarações prestadas na semana passada ao jornal electrónico Matinal, Fernando Sumbana Jr não escondeu a sua frustração pelo fraco aproveitamento turístico por parte de Moçambique durante o Mundial de futebol.
Sem “papas na língua”, afirmou que “a imprensa contribuiu bastante, porque durante os preparativos do Mundial-2010 não dava muito destaque à África de Sul”. Aliás, a voz da imprensa só se tornou audível durante os jogos, o que, no seu entender, contribuiu para que muitos dos turistas que estiveram na África do Sul pouco ou nada soubessem sobre Moçambique.
Segundo o titular da pasta do Turismo, do balanço já feito pelo Executivo concluiu-se que dos turistas que estiveram na África do Sul apenas vinte e um porcento é que vieram ao nosso país, número que considera reduzido para as projecções que tinham sido feitas. “Ficámos preocupados com essa situação, que não foi boa para o elevado investimento que fizemos”, mas justifica dizendo que factores de ordem natural influenciaram a “gazeta” dos turistas.
Informação ao público
Sobre a possibilidade de o público saber o que realmente contribuiu para a seca que os turistas nos pregaram, para além de outras situações como a não vinda de pelo menos uma selecção para “aquecimento”, contrariamente ao que aconteceu com os não menos pobres vizinhos nossos do Zimbabwe e Tanzânia, Fernando Sumbana afirmou que “o assunto será analisado em Conselho de Ministros, e divulgado para conhecimento do público”.