O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, reconheceu, sexta-feira, 27 de Janeiro, que a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM, SA) está a registar progressos nas suas operações, com destaque para a estabilidade da sua frota de aeronaves.
As melhorias constatadas resultam de um processo de reformas que está a ser implementado na companhia, o que, para Mateus Magala, é um sinal de que ainda se pode sonhar com melhores resultados.
“Há um sentimento de que as melhorias estão a acontecer, e isso encoraja-nos e dá-nos a esperança de que a LAM pode ser aquilo que sonhamos. Espero que seja o começo de uma nova forma de estar da nossa companhia de bandeira”, referiu o ministro, que falava durante uma visita à empresa.
Entretanto, o governante chamou à atenção para a necessidade de se olhar para alguns aspectos que ainda precisam de ser aprimorados com vista ao alcance de melhores resultados. Apelou, por exemplo, à proactividade, assim como à melhoria das infraestruturas e da gestão de processos.
Na ocasião, Mateus Magala reiterou que o Governo mantém a sua decisão de introduzir reformas profundas na LAM, tendo avançado que a primeira já foi concluída e consistiu no levantamento de aspectos que enfermam a empresa.
“O relatório foi-me entregue em Dezembro de 2022 e, neste momento, estamos no processo de revisão, reavaliação e validação do relatório. Penso que até Março estaremos em condições de tomar uma decisão sobre o futuro da LAM. O que pretendemos é ter uma companhia que nos orgulha, sustentável, competitiva, que não representa um custo para o Governo e que capitalize o mercado nacional, onde detém quase o monopólio”, sublinhou.
Em relação à opção escolhida pelo Governo, Mateus Magala afirmou que todas estão na mesa. “Vamos escolher a melhor opção com uma mente empresarial. Não posso avançar se vamos privatizar ou transformar a empresa numa sociedade. O que posso garantir é que, neste exercício, estamos a envolver pessoas de topo na região e no mundo em matérias de aviação e reformas. Esperamos ter uma solução sustentável e que nos orgulhe”.
Por seu turno, o director-geral da LAM, João Carlos Pó Jorge, revelou que a companhia está a avaliar todos os processos que conduzam à redução de custos e à oferta de tarifas mais baixas, sendo um deles a automatização das operações. Inclui-se, ainda, a introdução de aviões com maior capacidade, o que está dependente da expansão dos aeroportos e respectivas pistas.
Num outro desenvolvimento, João Carlos Pó Jorge esclareceu que as avarias registadas, recentemente, nas aeronaves não comprometem a segurança dos voos, daí a necessidade de separar estes dois aspectos.
“Nunca comprometemos a segurança. Aliás, os nossos pilotos são treinados com base nos melhores padrões internacionais e jamais aceitariam operar as aeronaves se estas não reunissem condições de segurança. Estamos a trabalhar e os resultados estão a aparecer. O nosso objectivo é manter e melhorar a fiabilidade das nossas operações”, enfatizou.