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Ministro do Turismo “a verdade é que sou sempre surpreendido agradavelmente quando viajo pelo país”

Ministro do Turismo "a verdade é que sou sempre surpreendido agradavelmente quando viajo pelo país"

À margem do evento @ VERDADE ouviu o ministro do Turismo Fernando Sumbane. Eis aqui as suas declarações:

@ VERDADE – Este é um dia histórico para Moçambique?

Fernando Sumbane (FS) – Sim, porque hoje apresentámos à nossa sociedade e ao mundo inteiro a marca Mozambique. Esta marca é fruto de uma autoavaliação daquilo que somos e da forma como os outros nos vêem. Com ela procuramos exaltar não só aquilo que é a nossa herança histórica e cultural, mas também todos os elementos de desenvolvimento que ocorreram no país desde a independência até agora. A partir da marca queremos dizer ao mundo que Moçambique é um país onde se podem sentir bem e investir com segurança. Sabemos que ainda não atingimos a óptimo mas queremos que a partir desta marca, que é o que identifica todos nós, comecemos a trabalhar numa agenda única, que é trazer o país para uma plataforma de grandes ganhos em termos de novos investimentos e desenvolvimento do país.

@ VERDADE – Quais são os próximos passos da divulgação da marca?

(FS) – Vamos iniciar imediatamente uma grande campanha a nível nacional sobre bem servir, simpatia, como explorar aquilo que se encontra à nossa volta. Isto é muito importante até para nós próprios sabermos o que existe no nosso país. Porque muitas vezes com a pressão do trabalho nem sequer nos apercebemos.

@ VERDADE – Essa campanha vai-se concretamente traduzir em quê?

(FS) – Vamos fazer grandes acções de comunicação nos órgãos de informação, encontros directos com a população como andar pelos mercados suburbanos, informais, explicando às pessoas o que é a marca e o que é que cada um pode fazer em prol da marca de modo a corresponder às promessas que fazemos ao público que nos visita.

@ VERDADE – Porque é que Moçambique é fascinante como diz o slogan?

(FS) – É fascinante porque, apesar de todos os problemas que existem e que nós conhecemos, as pessoas que nos visitam dizem que se sentem bem no nosso país. É fascinante porque quando andamos em que qualquer lado e mesmo sem conhecer as pessoas elas estão sempre prontas a ajudar. É fascinante porque quando saímos para qualquer canto deste país encontramos nem que seja uma simples flor diferente daquilo que estamos habituados a ver, ou uma montanha que nos fala. Somos permanentemente surpreendidos.

@ VERDADE – Porquê Mozambique é não Moçambique?

(FS) – Temos previstas as duas situações. Para o mundo português será sempre Moçambique. Ali, naquele painel [aponta para o palco], resolvemos colocar Mozambique. Não vimos nenhum problema em relação a esse aspecto. Aqui estamos a fazer um lançamento para uma projecção que será global. Felizmente, aqueles que falam português não têm grandes problemas com Mozambique, porque estão habituados ao ‘Made in Mozambique’. Mas os que falam inglês iria ter bastantes dificuldades, como por exemplo numa pesquisa na internet. O Mozambique tem um alcance global. Temos que olhar para a marca como uma questão comercial, por isso tem de ser facilmente identificável. Mas toda a nossa documentação vai ser bilingue, Português/Inglês.

@ VERDADE – Quais são as grandes carências do turismo em Moçambique?

(FS) – Uma das grandes carências é a incapacidade, pelos seus elevados custos, de fazermos uma promoção global. Este marketing é muito caro. Para contornar isso procurámos alguns canais que têm um grande impacto como operadores turísticos, agências de viagens, convidar jornalistas a visitar o nosso país. Enquanto não tivermos um cheque gordo teremos que funcionar assim.

@ VERDADE – Qual o seu destino de eleição em Moçambique?

(FS) – Devo dizer que cada canto de Moçambique tem o seu encanto e uma particularidade específica. Por todos os sítios por onde tenho andado fico sempre surpreso e fascinado com algo que não conhecia.

@ VERDADE – Não está a ser um pouco como o pai que não quer reconhece o seu filho preferido para não ferir susceptibilidades?

(FS) – Talvez seja um pouco isso (risos), mas a verdade é que sou sempre surpreendido agradavelmente quando viajo pelo país.

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