O País vai poupar cerca de 50 milhões de dólares norte-americanos, por ano, com a importação de cerveja, mercê do lançamento, na quarta-feira, 9 de Setembro, da nova linha da fábrica de produção de cerveja Heineken Moçambique, localizada no distrito de Marracuene, província de Maputo.
Trata-se de uma linha com capacidade instalada de 16 mil garrafas por hora, correspondentes a 666 caixas de 24 garrafas. A mesma resulta de um investimento de 20 milhões de dólares norte-americanos.
Este valor acresce-se aos 100 milhões de dólares iniciais investidos na construção da fábrica, havendo a possibilidade de aumentar em função da procura no mercado nacional, regional e internacional.
Com este marco, Moçambique deixa de consumir cerveja Heineken proveniente, na sua maioria, da Holanda (Europa), o que, para o ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, tem um impacto significativo não só na facturação da empresa, mas também na criação de receitas adicionais para o Estado e na poupança de divisas.
“Há necessidade de acarinhar e privilegiar estas iniciativas, porque se não tivermos este desenvolvimento as receitas para o Estado ficam mais reduzidas. Com a poupança de cerca de 50 milhões de dólares, por exemplo, o País vai poder usar as divisas para importar medicamentos e outros bens essenciais que não são produzidos localmente”, disse o ministro.
Na ocasião, Carlos Mesquita explicou que o Governo tem apostado na atracção de mais investimentos com vista a estimular a industrialização do País e a melhorar o ambiente de negócios, criando mais postos de trabalho.
Para além da Heineken, a fábrica produz a cerveja de marca Txilar, que tem a particularidade de ser à base do milho nacional, numa média de quatro mil toneladas por ano: “Isso nos orgulha, porque o Estado valoriza a produção nacional, pois contribui para o engajamento de mais produtores”.
Por seu turno, o director-geral da Heineken Moçambique, Nuno Simes, referiu que a nova linha vai ter um impacto positivo na balança comercial do País, dada a substituição do modelo de importação pelo de produção local, mas também no ambiente, uma vez que as garrafas usadas são, na sua maioria, retornáveis.
“É um dia histórico para a Heineken Moçambique e para o País, pois marca o início da produção local desta cerveja, prestigiada e reconhecida a nível internacional, com qualidade testada e certificada pela Heineken Internacional. Usamos equipamento com a tecnologia mais avançada do mercado e temos uma equipa preparada e capacitada”, frisou Nuno Simes.