“Tramado” pelas dívidas ilegais que empurraram o Moçambique para uma crise económica e financeira sem precedentes Adriano Maleiane fez um balanço positivo do quinquénio em que dirigiu a Economia e as Finanças de Moçambique: “O Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento médio anual em torno de 4,4 por cento” disse nesta quinta-feira (15) não indicando que a meta do Plano Quinquenal do Governo era atingir 7 a 8 por cento de PIB, tal como no último mandato de Armando Guebuza.
Discursando na abertura do II Conselho Coordenado do ministério que dirige, Maleiane não admitiu que o “ambiente deveras difícil” vivido no quinquénio que está a findar deveu-se as dívidas ilegais assinadas pelo ser antecessor que empurraram o país para a crise económica e financeira em 2016. “Ao nível externo, a conjuntura macroeconómica global foi caracterizada pelo abrandamento do crescimento económico, afectando, por isso, o fluxo de fundos quer ao nível da ajuda oficial ao desenvolvimento, quer ao nível do Investimento Directo Estrangeiro”.
“No quadro da implementação do Programa Quinquenal do Governo, mesmo no contexto difícil, logramos como desempenho global, no período 2015 – 2018 o seguinte: O Produto Interno Bruto registou um crescimento médio anual em torno de 4,4 por cento, reflectindo uma crescente diversificação de economia”, declarou Adriano Maleiane não indicando que a meta era manter a taxa média de crescimento do PIB de 7 por cento.
O ministro assinalou “A inflação média anual atingiu 10,6 por cento”, a meta do Programa Quinquenal do Governo de Filipe Nyusi era ficar abaixo dos dois dígitos, a média do quinquénio anterior fora de 2,56 por cento.
O titular da Economia e Finanças indicou que o “volume das exportações de bens alcançou cerca de 15,3 biliões de dólares norte-americanos e as importações cerca de 22,1 biliões de dólares norte-americanos”. Contudo o @Verdade apurou que entre 2010 e 2014 o volume das exportações de bens foi de 17,3 biliões de dólares enquanto as importações cifraram-se em 33,2 biliões de dólares norte-americanos.
O ministro Maleiane concluiu a sua intervenção vangloriando-se da redução do défice orçamental “passou de 9,7 por cento do PIB, em 2016, para uma previsão de 8,9 por cento do PIB, em 2019, o que representa uma redução de 0,8 pontos percentuais”. A verdade é que em termos nominais o défice orçamental aumentou, em 2015 foi de 55,7 biliões de Meticais em para este ano o Governo previu que o défice chegará aos 93 biliões de Meticais.