O governante militar de Burkina Faso disse no sábado que restabeleceu a Constituição, que havia sido suspensa quando o presidente Blaise Compaore foi deposto depois de protestos em massa no mês passado.
O tenete-coronel Isaac Zida que se declarou chefe de Estado em 1º de novembro, depois que Compaore renunciou e fugiu do país, disse que líderes políticos tinham até 4 horas locais do domingo para propor um líder de transição para o governo civil.
Compaore, um influente político e aliado importante do Ocidente contra os militantes islamitas, foi derrubado durante uma revolta provocada por seus esforços para mudar a Constituição, para que ele pudesse ser reeleito no ano que vem, apesar de já estar no poder há 27 anos.
Os militares, partidos políticos e líderes civis e religiosos vão assinar um acordo no domingo sobre a composição de um governo de transição.
A partir desse acordo, um órgão composto por cinco militares, cinco líderes da oposição, cinco membros da equipe do ex-presidente e oito líderes tradicionais e religiosos, escolherão o presidente da transição, a partir dos nomes propostos no domingo. Burkina Faso, que está surgindo como um dos principais produtores de ouro da África, mediou crises nos vizinhos Mali e Costa do Marfim.