Milhares de nacionalistas marcharam vestidos de preto no centro de Moscovo, este Domingo (4), marcando o “Dia da Unidade Nacional”, feriado criado pelo presidente Vladimir Putin, e pedindo o fim do seu governo e gritando frases hostis a minorias étnicas.
Putin instituiu o feriado em 2005 para substituir a celebração anual da revolução bolchevique, ainda na era soviética.
Mas os activistas dizem que o seu flerte com o nacionalismo étnico tem causado um crescimento na violência de extrema direita, e Putin é em parte culpado pela utilização da data pelos militantes linha dura.
Os participantes do protesto, na sua maioria homens jovens com cabelos raspados e jaquetas de couro pretas, gritavam “Rússia sem Putin” e slogans anti-imigrantes, carregavam ícones ortodoxos, levavam bandeiras imperiais e clamavam “Rússia para os russos”.
Segundo a polícia, seis mil pessoas participaram do protesto, que teve pela primeira vez autorização oficial para marchar pelo coração de Moscovo.
