Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Milhares de malawianos fixam residência em Angónia

Milhares de cidadãos malawianos têm estado a migrar para o distrito fronteiriço de Angónia, província de Tete, Centro-noroeste de Moçambique, onde pedem terras para fixar residência e praticar agricultura.

Segundo as autoridades locais, os malawianos dizem estar a procura de melhores terras para a agricultura, alegando que as do seu país estão empobrecidas devido à produção intensiva do tabaco.

Na sequência destas migrações em massa, mais de 26 mil malawianos encontram- se agora a viver no posto administrativo de Domwè, em Angónia, acreditandose, no entanto, que ao nível do distrito de Angónia, o número de imigrantes pode ser bem maior ainda.

“Quando chega uma pessoa, solicita um pequeno espaço ao líder comunitário para praticar agricultura. Pouco depois, ele começa a chamar os seus familiares, que também acabam fixando residência”, disse o Administrador de Angónia, Joaquim Cherene, citado pelo jornal “Diário de Moçambique” da Terça-feira.

“Tratando-se de falantes da mesma língua e dado o espírito de solidariedade existente entre os chewas (grupo étnico local), torna-se fácil a aceitação dos malawianos e até a própria população cria condições para que eles se sintam em sua terra”, acrescentou o Administrador.

Mas este é um fenómeno que também ocorre do outro lado da fronteira, desta feita, envolvendo cidadãos moçambicanos, a procura de melhores condições de vida no Malawi.

“Trata-se de pessoas que vivem de modo tradicional, em que isso de fronteiras nunca foi tomado em conta. Uns cultivam num lado e residem no outro da fronteira, porque, para eles, ficar aqui ou ali, não interessa, tudo é um único país, onde encontram pessoas com as quais podem dialogar na mesma língua”, disse o Administrador.

Segundo a fonte, as autoridades dos dois países estão a envidar esforços de modo a saber o número de nacionais vivendo nessa situação.

“Nós temos um memorando de entendimento com os distritos vizinhos malawianos de Dedza e N’Tcheu, com os quais reunimos de seis em seis meses para debatermos problemas comuns. Aliás, temos comissões mistas especializadas abarcando todas as áreas”, explicou o governante.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!